quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

My Chemical Romance - I Brought You My Bullets, You Brought Me Your Love

O emocore como o conhecemos teve sua ascenção no início da década passada e a queda quase ao seu fim. Em 2002 o movimento começava a ganhar forma com o ganho de popularidade de bandas como Simple Plan, Good Charlotte e o My Chemical Romance, que é de quem vamos falar hoje.

Muito antes da ambição de The Black Parade (2006) e da consolidação do sucesso em Three Cheers for Sweet Revenge (2004), os irmãos Way e os guitarristas Frank Iero e Ray Toro já tinham gosto por contarem histórias ao longo de um álbum.

O disco procura contar a história de um casal, com todos os bons e maus momentos pelo qual a relação passa, iniciando-se em Honey, This Mirror Isn't Big Enough for the Two of Us, que na realidade, faz com que percebamos que o início da história já se dá com a separação do casal.

I Brought You My Bullets, You Brought Me Your Love desfila riffs agressivos de guitarra em conjunto com a bateria acelerada de Matt Pelissier. Vampires Will Never Hurt You e Drowning Lessons, que vem logo na sequência deixam isso bem evidente.

Our Lady of Sorrows procura fugir um pouco da temática central do álbum, liricamente falando, mas, musicalmente, não diminui o ritmo do álbum. Aliás, muito pelo contrário. A pegada hardcore não deixa que o ouvinte sequer tenha um fôlego.

Aliás, descanso esse que só vem em Early Sunsets Over Monroeville, que tem foco maior na serenidade, no baixo bem marcado e nas guitarras limpas e suaves. Boa parte da sua letra é baseada no filme O Amanhecer dos Mortos.

Mas antes disso, ainda há a agitada Headfirst for Halos, uma das faixas mais adoradas pelos fãs da banda até os dias atuais. A sua introdução toda trabalhada no solo de Ray Toro já mostrava desde então que se tratava de um guitarrista de qualidade.

Até chegar ao seu final, o disco ainda acumula mais pancadas como Skylines and Turnstiles, que fala sobre os sentimentos de Way sobre os ataques terroristas de 11 de Setembro, Cubicles e This is the Best Day Ever, que soa como uma pré-ideia de I'm Not Okay (Three Cheers for Sweet Revenge, 2004).

O disco, bem como a historia do casal, tem sem fim em Demolition Lovers, uma faixa de mais de seis minutos que alterna entre a calmaria e a angústia traduzidos em riffs chorosos e grudentos. Nesta faixa mais precisamente, fala-se sobre algo como morrer por um amor.

Em uma análise final e até tomando a última faixa como base, notamos que em todo bom disco de emocore, obrigatóriamente temas como o amor e a paixão são potencializados e tratados com exagero muitas vezes até com uma distância muito curta do que pode se considerar saudável ou não.

Nesse caso, o que vai fazer com que se tenha o interesse em ouvir o álbum ou não, majoritariamente falando, é a sonoridade, se ela não apenas se encaixa com o que está sendo cantado e contado ali, mas se agrada aos ouvidos do receptador. No caso do My Chemical Romance em seu disco de estreia, definitivamente sim.

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