sexta-feira, 26 de outubro de 2012

The Strokes - Is This It

Muito antes do grupo liderado por Julian Casablancas ter sido abduzido por forças alienígenas e ter se tornado o que é hoje, tendo como seu último lançamento o tenebroso Angles (2011), os Strokes eram tidos como uma das salvações do rock.

Na verdade esse termo de “salvação” é bastante subjetivo, sem contar o fato de que nenhuma das bandas que recebeu esse rótulo até hoje nunca salvou nada. No máximo fez um ou outro bom álbum.

Então, no distante ano de 2001, os Strokes lançavam seu début-album, Is This It, carregado de bases sujas de guitarras, bons solos e baterias dançantes.

Não se engane com a faixa que dá nome ao disco e inicia os trabalhos. Ela soa ligeiramente diferente do que se vai ouvir no restante do álbum. Embora a estrutura seja quase a mesma, o ritmo é bem mais suave. O baixo também parece ser bem trabalhado, embora na prática não seja algo de difícil execução.

Por outro lado, The Modern Age que vem logo na sequência, empolga do inicio ao fim. É rápida e suja, mas sem necessariamente parecer agressiva.

E se na maior parte do disco se ouve algo meio indie, meio punk de boutique, Hard to Explain, que veio a ser o primeiro single tem maiores referências de post-punk, com adereços eletrônicos e batidas fortemente influênciadas pela música pop.

Outro dos singles é Someday, que quase chega na linha de Is This It no que se refere à suavidade, embora seja mais divertida. Aliás sobre seu videoclipe promocional, ele conta com as participações de ninguém menos que Slash e Matt Sorum (Guns N’ Roses, Velvet Revolver). Ou seja, os caras já tinham o moral elevado desde sempre.

Grande destaque do álbum, embora não tenha se tornado single é New York City Cops. Com uma pegada acelerada, é sem dúvida um dos momentos mais empolgantes e agressivos da obra. Uma curiosidade sobre esta faixa, é que ela chegou a ficar de fora da versão americana do disco, que foi lançado à época dos atentados terroristas de 11 de setembro. 

Definitivamente, ter alguma coisa que emperrasse as vendas do álbum era a última coisa que a banda queria para seu disco de estreia.

Por último, mas não menos importante, Last Nite, que é provavelmente o maior êxito do disco, remete à sons dos anos 60, mas ao mesmo tempo parecendo algo bastante original, sem contar que faz quem ouve ter a impressão de que a faixa foi gravada dentro de uma garagem.

No conjunto da obra, alterna momentos divertidos e acelerados, ou até as duas coisas ao mesmo tempo. Não à toa, é considerado não só o melhor disco dos Strokes, como um dos mais importantes da década passada, tratado também como o precursor dessa onda indie que se perdurou pelas paradas nos últimos anos.

Se você nunca teve muito contato com eles, comece por esse disco. E em tempo, passe longe, muito longe de Angles.

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