segunda-feira, 28 de maio de 2012

Saturday Night Live Brasil

Se há um jeito de definir a estreia da versão brasileira do Saturday Night Live, é a seguinte: Abaixo das expectativas, mas ainda assim, com um nível acima da concorrência.

No início, a atração deu a entender que iria longe. Com uma paródia da entrevista de Xuxa, a excelente Renata Gaspar fez piada com Pelé, Michael Jackson e até sobre o suposto pacto da apresentadora com o diabo.

Em seguida, Rafinha Bastos foi ainda mais além. Em uma espécie de stand-up, fez piada com todo mundo. Tiros para todos os lados, como no momento em que explicou o Saturday Night Live ser no domingo.

"Ninguém fala da novela das oito começar às dez. E o Fantástico? Será que é mesmo fantástico? Vamos trocar esse nome pra legalzinho?"

Nem a própria RedeTV! escapou, inclusive falando sobre salários atrasados. Tema tabu na emissora e que já causou até demissão de âncora de telejornal.

Mas então, quando pensou-se que iria manter o nível, o programa decaiu. Algumas das esquetes chegavam ao sem graça, ora com um humor infantil, hora com momentos que beiravam o constrangedor, sobretudo na esquete protagonizada por Marcela Leal e Carol Zoccoli.

Aliás, a título de opinião, nenhuma das duas convence. Se o programa caminhar por um processo natural de evolução, as duas não vão conseguir acompanhar.

O roteiro das esquetes também foram bastante rasos, com piadas alongadas à exaustão e finais quase óbvios. Mas em todo caso, nem todas as esquetes foram de total decepção, como em uma que se faz piada da seleção de pólo aquático e o Weekend Update, protagonizado por Rafinha Bastos, conseguiram arrancar algumas risadas.

Marina Lima, que foi a atração musical, fez uma performance sonolenta como era de se esperar. Além do que, ela nem foi participou de quadro nenhum do programa, como acontece nos Estados Unidos. Mas enfim, cada país tem o Mick Jagger que merece.

Mas no geral, o programa é bom, e mostra que ainda pode melhorar. Na realidade, há de se absolver Bastos e a sua equipe, pois foi apenas o piloto, que diga-se de passagem, manteve-se preso até demais no formato original, consagrado há mais de trinta anos na TV americana.

A versão do Saturday Night Live tem tudo pra evoluir e ser o melhor humorístico da televisão brasileira, aliás, tarefa essa que nem chega a ser das mais complicadas.

E se vale a dica, que tal se a RedeTV!, que como disse o próprio Rafinha, acertou duas de três do nome, pois o programa é ao vivo, e é a noite, resolvesse colocar o programa no sábado? 

Concorrer com o Pânico e o Fantástico (que não é nem legalzinho), ainda é difícil; mas bater no Zorra Total e no Legendários seria não só mais fácil, mas também uma questão de tempo.

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