domingo, 20 de maio de 2012

Neurotic Outsiders - Neurotic Outsiders

O Neurotic Outsiders foi um supergrupo de rock formado em 1995 que tinha na sua formação ninguém menos do que Steve Jones (Sex Pistols), John Taylor (Duran Duran), além de Duff McKagan e Matt Sorum (Guns N' Roses).

Inicialmente, o projeto contava com Billy Idol e Steven Stevens, mas pouco tempo depois eles sairam, dando seus lugares a Jones e Taylor, respectivamente.

A princípio, não era para ser algo levado a sério. Eram só rockstars de diferentes gêneros se juntando para fazer um som. Mas como a coisa funcionou de uma forma que nem eles esperavam, os quatro decidiram entrar em estúdio e gravar um disco, que levou como título o nome da banda: Neurotic Outsiders, que inicialmente era Neurotic Boy Outsiders.

E apesar de ter dois membros do Guns N' Roses, o disco passa bem longe do hard rock. Neurotic Outsiders flutua entre o punk rock de Jones e das influências de McKagan na adolescência, com um pouco de grunge, que ainda era um estilo bastante popular na época.

Mas a sonoridade grunge não foi algo buscado pela banda. Foi algo que aconteceu naturalmente. O timbre das guitarras de Duff (sim, ele toca guitarra no disco) funcionaram tão bem juntamente com a voz de Steve, que o resultado foi algo bem próximo do Stone Temple Pilots e mais ainda do Velvet Revolver, banda que McKagan iria integrar juntamente com Matt Sorum, Slash e Scott Weiland, do próprio STP.

Aliás, o momento em que essa variação entre o punk e o grunge fica mais evidente é logo no começo do disco, nas primeiras faixas, Nasty Ho, Always Wrong (escrita por John Taylor) e Angelina.

Curiosamente, o disco se torna mais punk nas faixas cantadas por McKagan, como Good News e Revolution, onde a sonoridade é mais pura e crua, além do cover do The Clash, Janie Jones.

Uma coisa bem legal do Neurotic Outiders é que o único que está totalmente fora de qualquer coisa que já tivesse feito antes ali é John Taylor. Absolutamente nenhuma faixa soa new-romantic, que é o que ele costuma tocar no Duran Duran. Mas nem por isso ele fez feio. Aliás, muito pelo contrário. O trabalho de Taylor nas quatro cordas do disco é digno de aplausos.

E embora o disco tenha um ritmo bastante acelerado na maior parte do seu tempo, também há espaço para as composições mais lentas, tal como Story of My Life e Union, inclusive essa última fala sobre a vontade de Jones em ter uma reunião com os Sex Pistols.

Fechando o disco, o único momento que soa mais hard rock: Six Feet Under. Isso se dá em grande parte pela bateria de Matt Sorum. A faixa se aproxima bastante de algumas coisas que Sorum e McKagan tocavam no Guns N' Roses. Detalhe: Na época eles ainda eram oficialmente membros do grupo de Axl Rose.

Assim como a maioria dos supergrupos, tinha tudo pra dar certo, grandes músicos, boas canções, mas sempre por algum motivo, o projeto é deixado pra trás. Infelizmente.

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