terça-feira, 3 de abril de 2012

Rocket Juice and the Moon - Rocket Juice and the Moon

Rocket Juice and the Moon é mais um dos mil projetos de Damon Albarn, frontman do Blur e criador do Gorillaz

Inicialmente, era pra ser um álbum solo, lançado sob esse título, mas logo ele mudou de ideia e decidiu dividir o processo de criação e, por consequência, os créditos do trabalho com mais dois músicos, o lendário baterista Tony Allen, que inclusive chegou a tocar com ele no The Good, the Bad and the Queen e o virtuoso baixista do Red Hot Chili Peppers, Flea.

Por consequência, o nome do projeto acabou se tornando o nome do grupo, bem como deu título ao álbum, como era de se esperar.

Um fato bem interessante a ser destacado, é que a grande maioria das músicas são simplesmente instrumentais. Muitas delas inclusive, chegando a ficar um tempo notável sendo levadas apenas por baixo e bateria. Aliás, instrumentos esses que são o maior destaque do álbum.

Uma das faixas de maior destaque nesse álbum é Poison, que curiosamente é uma das mais normais, em dados momentos soando como coisas já feitas pelo Gorillaz e até mesmo pelo próprio Blur.

Que Damon Albarn teve uma queda por batidas africanas, isso não é segredo pra ninguém desde o lançamento de Think Tank, do Blur em 2003, mas nesse disco, a influência que ele recebe é gritante. Por outro lado, há de se admitir também que há muito de Tony Allen nisso.

O interessante, é que às vezes, mesmo sem perceber, o trio foi muito além da África, como em Chop Up, que se bem analisada, percebemos até umas batidas bem brasileiras, algo que se aproxima bastante do samba.

Embora o disco consiga se fazer notar pela criatividade e pela capacidade de unir elementos tão distintos de gêneros musicais tão diferentes, as faixas em si, categoricamente falando, não chegam a se diferir tanto uma das outras. O que também não quer dizer que sejam todas absolutamente iguais também. É confuso, e pelo fato de ser um disco experimental, torna o fato de tentar explicar isso uma tarefa bastante difícil. Ou seja, só ouvindo para se ter uma noção exata do que se trata.

Mas em todo caso, uma das impressões que se tem, é a de que Albarn, Allen e Flea tentaram até fazer um disco conceito. Se conseguiram, isso só o tempo vai dizer. 

E pra fim de conversa, desde já uma coisa é certa: É um disco absolutamente experimental, ou seja, ou você já tem que ter uma pré-tendência pelo que é diferente, ou então uma cabeça musical bem aberta. Ou as duas coisas.

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