quinta-feira, 29 de março de 2012

Oingo Boingo - Boingo

Adivinha quem está de volta... Sentiram a minha falta? Ok, ok. Eu sei que não. 

Sei também que foi muito tempo sem posts novos, mas pretendo mudar isso nos próximos dias. Pois bem, dito isto, vamos ao que interessa.

O Oingo Boingo foi formado em 1972, por Richard Elfman e em 1978 sofreu algumas reformulações por Danny Elfman, irmão de Richard.

Dentre as mudanças, nota-se inclusive a de estilo, passando pro new wave, que estava em desenvolvimento na época.

O álbum que cuja resenha você vai ler em seguida foi o último de estúdio lançado pela banda, em 1994, sendo que a banda se separou definitivamente em 31 de Outubro de 95.

Embora o disco tenha somente onze faixas, é um álbum bem longo, com mais de 73 minutos. Podemos inicialmente considerar o fato de as duas primeiras faixas terem quase 8 minutos de duração, e a terceira, Mary, ter quase 7.

A faixa que abre o disco é Insanity. Que começa de um modo, no mínimo, assustador. Conforme ela começa a tomar forma, nota-se a pegada de new wave, a mesma que tornou a banda famosa, sobretudo nos anos 80.

O que torna a faixa seguinte interessante, que vem com o singelo título de Hey!, são dois elementos imprescindíveis numa banda de rock: Baixo bem marcado e boas guitarras. No refrão tem um slap no baixo e algumas fritadas na guitarra, fazendo lembrar bandas que estavam em ligeira ascenção na época como o Red Hot Chilli Peppers e o Jane's Addiction.

Mary, que vêm na sequência, começa com instrumentos de corda, como cello e violino, fazendo lembrar I Am the Walrus, dos Beatles. A letra, fala sobre uma garota, que óbviamente, se chama Mary; e que não está feliz com a vida que leva e enfim. É basicamente isso.

Can't See vem com um violão solando na introdução faz lembrar o The Who, principalmente de coisas como A Quick One (1966) e Tommy (1969).

Uma das qualidades, não só desse disco, mas do Oingo Boingo de um modo geral, é saber misturar estilos, timbres e elementos diferentes. No caso de Pedestrian Wolves, as guitarras soladas e o baixo com slide no começo lembram os movimentos do rock britânico no fim dos anos 80, como o madchester, misturado em alguns momentos com pegadas de funk rock.

Outro grande destaque desse álbum é Spider, que tem uma levada bem sombria, com um baixo pesado, em alguns momentos, fazendo lembrar o Joy Division.

Mas o momento mais gratificante do disco, é a faixa 9. Uma versão post-punk de I Am the Walrus, dos Beatles, que inclusive chegou a entrar numa das nossas listas como um dos grandes covers já feitos. Eles não quiseram inventar, cantar em um ritmo diferente, mas não fizeram um cover, mas sim uma versão, uma releitura nova pra esse clássico.

Fechando o disco: Change, que tem quase (pasme!) dezesseis minutos de duração. E ao contrário de outras músicas, que terminam aos 4, 5 ou 6 minutos e o resto da faixa e do disco é em silêncio, essa não, são 16 minutos ininterruptos de música, e, diga-se de passagem, de uma boa música.

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