segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Supergrass - I Should Coco

Em 1995 o Supergrass lançou seu primeiro disco, intitulado I Should Coco, justamente no auge da batalha do britpop entre Oasis e Blur. E logo de cara o disco já deu a banda o seu maior hit: Alright

Você provavelmente deve ter ouvido. E mesmo que tenha sido assistindo As Patricinhas de Berverly Hills, ainda tá valendo.

Pois bem; o conceito de britpop pode ser dividido entre a parte séria, como o já citado Oasis, o The Verve e o Stereophonics e na contramão disso tem a parte divertida, de bandas como o também já citado Blur, o próprio Supergrass, e os herdeiros desse legado, como o Kaiser Chiefs.

Ao apertar o play no álbum, a primeira faixa é I'd Like To Know, que basicamente dita não só o ritmo desse álbum, mas pelo menos dos três primeiros discos da banda. Na sequência, Caught By The Fuzz segue a mesma linha. Basicamente, ela vai remeter à coisas do Blur entre 1991 e 1994.

Aliás, sobre fazer lembrar a banda de Damon Albarn e Graham Coxon, Mansize Rooster chega a ser um deboche. A melodia do piano lembra ligeiramente Sing (Leisure, 1991).

E finalmente, chegamos à melhor música do disco. Pode até parecer atitude de poser dizer que ela é de a música que mais se destaca, mas sem sombra de dúvidas, Alright é um dos hinos da parcela feliz dos jovens dos anos 90.

Lose It e Lenny mostram um lado mais pegado, quase punk, buscando influência nos anos 60 também, na batida insana do Kinks e em algumas coisas do The Who, por exemplo.

Strange Ones também é bem divertida, cantada em coro pelos integrantes da banda. Se existe alguma outra banda que possa servir de referência, não pra comparação, mas para que haja certo entendimento dessa faixa, é o Weezer. Inclusive, a voz do Gaz Coombes se assemelha bastante com a de Rivers Cuomo nessa faixa.

Sitting Up Straight começa aparentemente séria, com um piano bastante intimista. Mas aí entram as guitarras e a coisa logo muda de figura. Aliás, algo a ser destacado é que os versos do começo soam de modo quase country.

E ainda falando em faixas que parecem sérias em um primeiro momento, temos a ótima She's So Loose. Ela vem carregada com um violão e bateria. Inclusive, dá até pra dizer que trata-se de um caso de plágio, de Dream Attack (New Order – Technique, 1989)

Aliás, o modo como Coombes canta nessa faixa é algo a ser ressaltado também. Pra tentar explicar isso, podemos dizer que ele faz parte de uma seleta lista de vocalistas que cantam de modo debochado, assim como o supramencionado Damon Albarn (Blur, Gorillaz) e Johnny Rotten (Sex Pistols, Public Image Ltd).

A seguir, temos Time, que é de longe a faixa mais rock n' roll, no sentido mais puro da expressão. Aqui, Gaz Coombes e seus companheiros também bebem da fonte dos anos 60, mas nesse caso puxando pro lado mais Beatle e Stone da coisa.

Fechando os trabalhos, temos Time to Go, que em português quer dizer hora de ir. Verdade seja dita, foi um trocadilho safado, porém esperto.

Sintetizando, o disco é muito bom da primeira à última faixa. Pode até se dizer que é um dos pilares não só do britpop mas bem como do rock britânico de modo geral nos últimos 15 ou 20 anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores

Quem faz o Dance Para o Rádio