quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Morrissey

Aproveitando o embalo no post de ontem sobre o Smiths, é de bom tom contar como foi que o seu vocalista, Morrissey, conseguiu superar todas as desconfianças e conseguiu ter uma carreira solo de sucesso.

Com o fim da banda, ninguém acreditava que Mozz poderia levar uma carreira solo muito longe. Sobretudo pelo fato de ele não contar mais seu companheiro e braço direito, Johnny Marr

Mas ainda sim, Morrissey continuou escrevendo músicas e pediu auxílio ao produtor Stephen Street, que já havia sido produtor dos SmithsMadonna e que tempos mais tarde veio a produzir trabalhos de Blur, Cranberries e Kaiser Chiefs.

Street então achou um novo guitarrista para trabalhar com Mozz, chamado Vini Reilley. O primeiro single a ser lançado foi Suedehead; e todas as críticas acerca dessa música foram boas.

O primeiro disco solo de Morrissey foi Viva Hate (1988). As vendas desse disco foram muito satisfatórias. Um ano depois, a parceria Mozz & Street acabou. Porém, o vocalista não hesitou em reciclar o fator humano e começou a trabalhar com outras pessoas.

Posteriormente, foi lançado o single Ouija Board, Ouija Board. Porém, a mídia inglesa começou a pegar no pé de Mozz praticamente todos os dias nos famosos tabloides sensacionalistas britânicos (Leia-se: The Sun e Daily Mirror).

A saída foi manter-se afastado e começar os trabalhos em um novo disco. Mas ao invés de vir com um novo disco, Morrissey foi lançando alguns singles. Um deles era November Spawned a Monster. Esse single foi um enorme sucesso e os fãs amaram a música. Como consequência disso tudo, ele provou que podia andar com as próprias pernas.

Morrissey saiu então em uma turnê mundial, que foi muito bem sucedida, diga-se de passagem. Já em 92, ele lançou Your Arsenal. A imprensa mais uma vez aclama o disco. O mesmo ainda foi indicado para um Grammy nos Estados Unidos e se tornou de longe a melhor vendagem de Mozz.

Entretanto, o sossego não viria de maneira definitiva. A música National Front Disco foi interpretada como sendo pró-nacionalista e a mídia pintou Morrissey como racista. Mas como dizem que tudo que está ruim sempre pode piorar, foi o que aconteceu.

Dois amigos íntimos de Mozz morreram e uma biografia chamada Morrissey & Marr – The Severed Alliance chega às lojas. Lendo o livro, a primeira conclusão à que se chega, é que o Smiths acabou por causa da vaidade e do ego de Mozz.

Já em 94, Morrissey lança outro disco aclamado pela crítica especializada, Vauxhall and I. E o single The More You Ignore Me, The Closer I Get bate recordes de vendas.

Morrissey então deixa a EMI e começa a trabalhar com a Island Records. E mais uma vez ele se vê com problemas. Em 97, o ex-baterista dos Smiths, Mike Joyce, processa Morrissey e Johnny Marr por causa de royalties. Com a decisão a favor de Mike, a dupla não teve outra saída a não ser pagar alguns milhões.

Algum tempo depois, Mozz lança outro disco, Maladjusted, com uma música que fala exatamente sobre isso, chamada Sorrow Will Come in the End.

Em 2009, Morrissey mais uma vez lançou um disco bem recebido pela mídia, intitulado Years of Refusal, tinha como carro-chefe o ótimo single I'm Throwing My Arms Around Paris, que alcançou boas posições e teve um número de execuções considerável nos canais especializados em música do mundo inteiro.

E como se não fosse o bastante, ainda no mesmo ano, Mozz foi o pivô de uma polêmica. Ele estava fazendo sua apresentação em um desses festivais de verão na Europa quando sentiu cheiro de carne vindo das barracas de comida. Vegetariano ferrenho que é, disparou: 

"Espero que esse cheiro que eu estou sentindo, seja de carne humana!". 

Após isso, ele deixou o palco alegando que não estava se sentindo muito bem com aquele cheiro. Passado algum tempo, ele retornou ao palco e concluiu seu show.

Morrissey deve desembarcar no Brasil no segundo semestre desse ano para fazer algumas apresentações. Os shows prometem o que Mozz sempre fez desde que está cantando sozinho: Uma viagem ao passado com os clássicos dos Smiths e suas ótimas canções da carreira solo.

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