quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Dance Para o Rádio (Entrevistas) - Vans (Depois do Fim)

Pra quem ainda não conhece a Depois do Fim, pode dar uma olhada na resenha que foi postada aqui sobre o segundo EP deles, Além de Sonhos e Histórias. Mas se você já conhece, vamos ao que interessa.

Troquei uma ideia bem legal com a baixista da banda, a Vans, que falou um pouco sobre os novos projetos da banda, suas influências, equipamentos e tudo mais. Confere aí.

DPR: Quando você chegou à conclusão de que queria viver de música?
Vans: Quando arrumei o meu primeiro emprego! Vi na hora que a satisfação de trabalhar o mês inteiro e receber salário, não chega aos pés da sensação de estar em cima do palco! Mesmo que seja pra fazer aqueles shows que a gente tem que pagar até a água que bebe!

DPR: Você é uma das fundadoras da Depois do Fim, certo? Como isso aconteceu?
Vans: A história é até engraçada. Já tinha tido algumas tentativas de banda com a Preta, pra ser mais exata, a primeira vez que fui chamá-la pra tocar, ela tinha de 11 pra 12 anos, e já mandava super bem na bateria e na guitarra. Mas como os gostos musicais não batiam em nada na época, resolvi voltar depois de uns três anos. Tentamos fazer um som ainda mais pop que a DDF, mas não rolou. Daí num certo domingo, às 19 horas recebo uma ligação assim: “Vans, você não vai vir pro ensaio?” Eu nem de ensaio estava sabendo, mesmo assim me arrumei, fui até a casa da Preta, e assim estamos, até hoje.

DPR: Você tem algum baixista que te influencia no modo de se portar no palco, ou em como você compõe as suas linhas de baixo?
Vans: A minha maior influência na questão presença de palco sem dúvidas é o Pete Wentz, do Fall Out Boy. O cara é um arraso. Já nas linhas de baixo, estudei bastante o Champignon do Charlie Brown Jr. e Jon Berry, ex-baixista do RUFIO, mas não empreguei muita coisa do que estudei nas canções da Depois do Fim. O som da DDF já tem duas guitarras, três vocalistas, tínhamos um piano, batera bastante presente. Então, se eu colocar muita firula no baixo; acaba virando bagunça, então optei pelo som mais simples que os graves podem trazer.

DPR: Aliás, ainda falando em composição; quanto às músicas da banda, o processo é dividido, com cada um trazendo uma ideia de um lado; ou essa parte de criação fica restrita a uma ou duas pessoas?
Vans: Geralmente eu faço a letra e a Preta faz a música, mas também existem músicas que são todas da Preta e músicas que são todas da BB.

DPR: Sobre seus equipamentos: Tem preferência por alguma marca? Um pedal em específico ou um modelo de baixo que você goste muito; ou você não costuma dar tanta importância pra isso?
Vans: Eu tenho 4 contra baixos. Quando tenho dinheiro vou comprando tudo o que vejo pela frente. Tenho um Jazz Bass Squier By Fender, um Strinberg, um SG Epiphone e um Cort Ativo. E conto com um pedal de Over Drive Monerr e um Multi Efeitos ME20B da Boss, só me falta mesmo um amplificador, mas se eu puder escolher a combinação perfeita, escolho um cabeçote Gallien Krueger com meu Cort 4 cordas ativo (sem pedal nenhum). PERFECT!

DPR: Qual é a música da Depois do Fim que você mais gosta de tocar?
Vans: Tarde Pra Dizer

DPR: Você acha que ainda rola preconceito pela banda ser composta, em sua maior parte, por meninas – ou vocês levam numa boa e procuram não se importar com comentários ruins?
Vans: Se eu disser que não rola preconceito eu vou mentir. O mundo infelizmente ainda é bastante machista, e na música, é claro, não é diferente. Mas quando rola aquela cara feia pra gente, nós apertamos o foda-se e ligamos a distorção no máximo!

DPR: E agora que a Depois do Fim ta conseguindo alçar vôos mais altos, inclusive tendo ido lançar o vídeo novo no Acesso MTV, quais são os projetos pra banda daqui pra frente?

Vans: A gente quer sempre mais! A ida ao Acesso MTV nos ajudou bastante na questão de internet. Os números aumentaram muito, e os nossos sorrisos mais ainda. Daqui pra frente vamos focar bastante na divulgação do material que já temos. Mas entre março e abril já começamos a gravar clipe novo, e também vamos pro estúdio novamente pra gravação de novas canções. Afinal a música não pode parar!

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PS: Gostaria de agradecer demais a Thaysa Costa, que fez a ponte entre a Vans e eu e fez com que essa entrevista acontecesse. E claro, a Vans, que é uma simpatia.

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