quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Christina Aguilera - Stripped


Com esse álbum lançado em 2002, Christina Aguilera jogou no lixo sua imagem de cantora de teen pop para assumir um estilo musical mais maduro, adotando influências de vários estilos como jazz, R&B, gospel, hip-hop e rock; além de reformular completamente sua imagem, o que causou críticas vindas de pais puritanos.

Começando pela capa do álbum, na qual ela aparece sem blusa, com os cabelos cobrindo os seios e passando pelo clipe do primeiro single, Dirrty – literalmente, safada – onde ela aparece com roupas extremamente provocantes.


Mas Dirrty e o novo visual de Christina causam uma impressão totalmente errada do que realmente é Stripped. É um disco extremamente pessoal, como podemos perceber já na introdução: 

"So here it is, no hype, no glass, no pretense, just me... Stripped". 

E a necessidade de se libertar de algo e ser você mesma é recorrente nas letras, como em Make Over, que tem uma batida deliciosa e nos faz querer gritar o refrão, Cruz (uma música comovente com fortes influências de gospel) e Keep On Singin' My Song.

Há momentos que chegam a lembrar rock, como Fighter (que tem um clipe muito bonito, inclusive); já Infatuation faz uma homenagem às suas raízes latinas; o gospel está de volta em Soar e o hip-hop está presente na feminista Can't Hold Us Down (com participação de Lil' Kim, com quem Aguilera já havia dividido os vocais na regravação de Lady Marmalade, clássico dos anos 70 de Patti LaBelle, para o filme Moulin Rouge) e em Dirrty.

E claro, como ainda se trata de um disco pop, temos as baladas. A mais famosa delas com certeza é Beautiful. Com uma letra motivadora – adjetivo que se pode atribuir a Fighter e Can't Hold Us Down, mas essas duas são feministas, enquanto Beautiful traz uma mensagem que pode ser absorvida por qualquer um com problemas de autoestima, ela passa do choro à revolta. Já I'm Ok toca em um tema bastante profundo: a infância da cantora ao lado de seu pai abusivo.

Mas apesar de tudo isso, Stripped tem dois pontos negativos: Primeiro, é muito longo, tendo a duração de 77 minutos; o que faz com que algumas canções possam ser ignoradas ao ouvir a obra toda. Segundo, o excesso de introduções e interludes: São quatro para 20 faixas.

Mas enfim, isso foi necessário para que Christina exorcizasse seus demônios e conseguisse seguir em frente, o que justifica o título do álbum: Despida, deixando que o mundo olhasse dentro de sua alma.

Um comentário:

  1. Ótima resenha!, esse álbum é fantástico, é muito pessoal e introspectivo. É um refúgio para aqueles que enfrentam problemas parecidos com os que foram vivenciados pela Christina. Para mim, Stripped é como uma terapia, no qual ao escutá-lo pela primeira vez eu aprendi vários valores sobre a vida.

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