quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Joy Division - Unknown Pleasures

No fim da década de 70, influenciados pela pegada rápida do punk rock, mas também pelos sons de David Bowie e do The Doors, surgia na cena mancuniana uma das bandas mais influentes e conceituais da história, a Joy Division.

Liderados pelo icônico vocalista Ian Curtis, eles lançaram um EP em 1978, chamado An Ideal for Living, com uma forte influência do punk, e que também era uma pequena amostra do que a banda iria apresentar em seu disco de estreia, o seminal Unknown Pleasures, lançado um ano depois.

Na faixa que abre o álbum, passa a exata sensação de que o álbum tem a pretensão de ser simplesmente punk. 

O título Disorder sintetiza exatamente toda a mensagem que a música quer passar. Outro aspecto bastante presente no som da Joy Division já fica evidente logo na primeira nota de baixo batida por Peter Hook – a fixação do baixista por notas agudas.

Mas logo na sequência, em Day of the Lords, a banda diminui o ritmo e tenta dar a entender que aparece como o primeiro e mais genuíno representante da nova cena dominante, o post-punk.

Um aspecto muito elogiado pelos críticos na época do lançamento de Unknown Pleasures foi a profundidade e a honestidade que Curtis empregava em suas letras. Isso se aplica mais do que em qualquer parte do álbum na sequência New Dawn Fades, She's Lost Control e Shadowplay.

Aliás, principalmente se baseados nessas três músicas, percebemos que o fator determinante para o disco soar de uma forma tão pura e original, é o trabalho feito pela cozinha da banda, ou seja, o baterista Stephen Morris e o baixista Peter Hook.

Hook, de quem sou fã confesso, transita entre linhas de baixo absurdamente sombrias, tais como a de Shadowplay, mas também consegue fazer o trabalho de uma segunda guitarra, como em She's Lost Control.

Inclusive, em She's Lost Control encontramos ligeiros elementos de música eletrônica. Umas batidas mais diferentes, algo mais experimental, também encontrados em trechos de Insight. O mais engraçado, e o que muitas pessoas desconhecem, é o fato de quem ser fã de sons eletrônicos na banda era justamente o vocalista Ian Curtis, contrariando a máxima de que o New Order havia "assassinado" a memória da Joy Division.

Em entrevista recente, Peter Hook declarou que mesmo se Ian Curtis estivesse vivo e a Joy Division ainda em atividade, eles estariam tocando Blue Monday (New Order – Power, Corrpution & Lies, 1983).

Outro aspecto bastante notável de Unknown Pleasures é a capa, feita por Peter Saville e Chris Mathan, mas foi o guitarrista Bernard Sumner que pediu para que a banda usasse a imagem, que é basicamente a morte de uma estrela captada por um medidor de pulsos.

Em 1980 a banda lançou Closer, Ian Curtis se matou, e restou a Bernard Sumner a tarefa de cantar Blue Monday...

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Novo álbum do Keane tem nome e data de lançamento anunciados

Depois de quatro anos que mais pareceram uma eternidade, os fãs do Keane podem enfim comemorar. 

No último final de semana a banda finalmente revelou a data de lançamento e o nome do sucessor de Perfect Symmetry (2008)

O trabalho do grupo se chamará Strangeland e tem lançamento previsto para o dia 7 de maio. 

Em sua página oficial a banda também liberou um trailer, onde os fãs podem ter uma pequena amostra do que vem por aí. Para ver o trailer, basta clicar no link abaixo:

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Noel Gallagher pode participar do próximo disco do Coldplay

Depois da participação de Chris Martin na apresentação de Noel Gallagher na última terça-feira (21) no Brit Awards, o Coldplay pode estar planejando uma participação do ex-líder do Oasis em seu próximo álbum.

Um roadie atualizou a página oficial do Coldplay e contou que Noel tocou algo incrível perto de Chris Martin e o vocalista teria se impressionado muito com o material. 

“Chris gravou em seu iPhone e declarou empolgado que aquilo era a coisa mais incrível que ele já havia escutado”, disse.


Segundo o roadie, Noel presenteou Chris com o pedal que estava utilizando quando causou tanta euforia no vocalista. 

“Chris veio segurando o pedal com tanta reverência e empolgação. “Você pode gravar o que está aqui imediatamente e passar para o Rik (engenheiro de som da banda)? Nós vamos levar para o estúdio e tocar isso com o Johnny”, narrou o roadie sobre o que aconteceu nos bastidores do Brit Awards.

“Onde isso vai terminar, eu não tenho ideia. Mas provavelmente em uma nova música. Noel pode facilmente tocar no próximo disco sem mesmo ter colocado os pés no estúdio”, concluiu.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Dance Para o Rádio (Listas) - Grandes músicas (Década de 90)

Continuamos nossa incansável busca pelos melhores sons de cada década. Na lista dessa semana, chegamos aos saudosos anos 90. 

Há quem considere essa década como a mais produtiva da história da música depois dos anos 70. É bem provável que trate-se de um exagero, pois os anos 80 também foram muito bons. 

Mas em todo caso, entusiastas do rock costumam dizer que o rock voltou a ter força nessa década, depois do mundo ter sido dominado pelo pop de pista de dança na década anterior.

Mas enfim, vamos ao que interessa: Alguns dos maiores (e melhores) sons dos anos 90. Divirtam-se.

01 – The Verve – Bittersweet Symphony [Urban Hymns, 1997]
02 – Underworld – Born Slippy Nuxx [Single, 1996]
03 – Blur – Song 2 [Blur, 1997]
04 – Daft Punk – Around the World [Homework, 1997]
05 – Oasis – Wonderwall [What's the Story, Morning Glory?, 1995]
06 – Nirvana – Smells Like Teen Spirit [Nevermind, 1991]
07 – Depeche Mode – Enjoy the Silence [Violator, 1990]
08 – Guns N' Roses – Estranged [Use Your Illusion II, 1991]
09 – Radiohead – Creep [Pablo Honey, 1993]
11 – New Order – Regret [Republic, 1993] 
12 – The Smashing Pumpkins – 1979 [Mellon Collie and the Infinite Sadness, 1995]
13 – Metallica – Enter Sandman [Black Album, 1991]
14 – Hurricane #1 – Step Into My World [Hurricane #1, 1997]
15 – Prodigy – Breathe [The Fat of the Land, 1997]
16 – Stereophonics – Just Looking [Performance & Cocktails, 1999]
17 – Goo Goo Dolls – Iris [Dizzy Up the Girl, 1997]
18 – Michael Jackson – Black or White [Dangerous, 1991]
19 – Duran Duran – Ordinary World [Duran Duran, 1993]
20 – Scorpions – Wind of Change [Crazy World, 1990]
21 – Bon Jovi – Dry County [Keep the Faith, 1992]
22 – Supergrass – Alright [I Should Coco, 1995]
23 – Iron Maiden – Fear of the Dark [Fear of the Dark, 1992]
24 – U2 – One [Atchung Baby, 1991]
25 – Aerosmith – Livin' on the Edge [Get a Grip, 1993]
26 – Weezer – Buddy Holly [The Blue Album, 1994]
27 – R.E.M – Losing My Religion [Out of Time, 1991]
29 – Nine Inch Nails – Closer [The Downward Spiral, 1994]
30 – Ian Brown – Getting High [Unfinished Monkey Business, 1998]
31 – Happy Mondays – Kinky Afro [Pills N' Thrills and Bellaches, 1990]
32 – Skid Row – Wasted Time [Slave To The Grind, 1991]
33 – Hole – Celebrity Skin [Celebrity Skin, 1998]
34 – Sheryl Crow – All I Wanna Do [Tuesday Night Music Club, 1993]
35 – Foo Fighters – Breakout [There is Nothing Left to Lose, 1999]
36 – Extreme – More Than Words [Extreme II - Pornograffiti, 1990]
37 – Mr. Big – To Be With You [Lean Into It, 1991]
39 – Primal Scream – Movin' On Up [Screamadelica, 1991]
40 – No Doubt – Don't Speak [Tragic Kingdom, 1996]
41 – Santana – Smooth [Supernatural, 1999]
42 – Eagly Eye Cherry – Save Tonight [Desireless, 1998]
44 – L7 – Pretend We're Dead [Bricks Are Heavy, 1992]
45 – New Radicals – You Get What You Give [Maybe You've Been Brainwashed Too, 1998]
47 – Poison – Something to Believe In [Flesh & Blood, 1990]
48 – Take That – Could it Be Magic [Take That & Party, 1992]
49 – 4 Non Blondes – What's Up? [Bigger, Better, Faster, More!, 1992]
50 – The Stone Roses – Love Spreads [The Second Coming, 1994]

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Adele e Coldplay brilham e Blur é o homenageado do Brit Awards 2012

Do G1:

Com a voz irretocável, a cantora Adele protagonizou nesta terça-feira (21) a edição de 2012 do Brit Awards, prêmio mais importante da música britânica.

Em cerimônia realizada na O2 Arena, em Londres, a vencedora de seis Grammy, de 23 anos, continuou arrasando ao conquistar os prêmios de Melhor Cantora e Melhor Álbum por 21.

Adele, no entanto, não levou o prêmio de Melhor Single, ao qual concorria com a música Someone Like You. O vencedor da categoria foi o grupo One Direction com a canção What Makes You Beautiful.

"Estou tão, tão orgulhosa de ser britânica. Nada me enche tanto de orgulho como estar aqui esta noite", afirmou Adele.

Em outras categorias, o jovem Ed Sheeran, de 21 anos, surpreendeu ao superar o ex-Oasis, Noel Gallagher, na categoria Melhor Cantor, além de ter sido premiado como Revelação Britânica do Ano.

Entre as bandas, o Coldplay levou pela terceira vez o prêmio de Melhor Grupo Britânico, deixando pra trás nomes como Arctic Monkeys e Kasabian.

O Brit Awards também concedeu troféus a artistas de fora do Reino Unido. Bruno Mars e Rihanna foram eleitos, respectivamente, Melhor Cantor e Melhor Cantora, enquanto o Foo Fighters levou na categoria Melhor Grupo Internacional e Lana Del Rey, na de Revelação Internacional.

A premiação foi marcada também por uma homenagem ao Blur por sua contribuição à música. A banda realizou uma apresentação de cerca de 10 minutos que levantou a plateia da O2 Arena.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Bon Jovi - Slippery When Wet

Ao contrário do que muita gente pensa, o Bon Jovi só conseguiu se firmar como uma grande banda de rock depois do lançamento de Slippery When Wet, em 1986.

E se nos discos anteriores a banda conseguiu emplacar apenas alguns hits isolados, tais como Runaway (Bon Jovi, 1984) e In and Out of Love (7800 Fahrenheit, 1985), dessa vez parecia que a coisa ia ser um pouco diferente. E foi.

Let it Rock abre os trabalhos de Slippery When Wet mostrando que definitivamente o grupo de Jon Bon Jovi não estava ali pra brincadeira.


A introdução de pouco mais de um minuto tem uns teclados que mais parecem trilha sonora de filmes de ficção científica.

Quando a música começa de fato, justifica o nome. Uma peça fina e pura do hard rock farofa dos anos 80. E só a título de informação, há quem prefira chamar o estilo de glam metal.

Na sequência, dois hits que não seguraram apenas as vendas do disco na época, mas que também são presenças constantes nos shows do grupo até hoje. A primeira delas é You Give Love a Bad Name, que inclusive segue na mesma linha de Let it Rock.

Seria chover no molhado referir-se a uma letra do Bon Jovi e dizer que ela fala de amor. Mas You Give Love a Bad Name aborda esse tema de um jeito um pouco diferente do que os fãs da banda estão acostumados.

E logo em seguida, o maior hit da banda e um dos maiores do rock desde então: Livin' On a Prayer. Ao  ouvir a música entende-se porque ela foi sucesso logo na largada. Mas por muito pouco, quase que não foi. 

Jon Bon Jovi relutava, batia o pé e sabe se lá o motivo, mas não queria que a faixa entrasse em Slippery When Wet. Mas no fim, ela acabou entrando, depois da insistência do guitarrista Richie Sambora e depois de o mesmo apresentar mil argumentos e potencialidades da música em virar um grande hit.  Resultado? Livin' On a Prayer se tornou o maior sucesso da carreira da banda. 

E que Jon Bon Jovi e seus companheiros sempre foram meio metidos a cowboy, disso todo mundo sabe. Prova disso é Wanted Dead Or Alive, outro dos grandes hits de Slippery. Aqui, o disco sai um pouco de seu curso natural e toma uma direção mais country, numa coisa meio filme de faroeste e tal.

Na turnê promocional do disco, Jon Bon Jovi começou a ter problemas vocais, sobretudo pelas notas altas e constantes das faixas, como na power-ballad I'd Die For You. Aliás, sobre essa faixa há de se dar um devido destaque. Os vocais rasgados de Jon Bon Jovi são acompanhados por toda a música em seus mais de quatro minutos por uma guitarra implacável e matadora de Richie Sambora.

Mas aí você se pergunta: "Mas esse disco não tem as baladinhas que consagraram a banda?". Claro que tem!  E Never Say Goodbye é a que melhor ilustra isso. Melosa do começo ao fim, ela é marcada pelas guitarras grudentas de Richie Sambora e os teclados sempre providenciais de David Bryan.

Fechando o disco de um modo rápido, Wild in the Streets soa como um electropop europeu, tal como Duran Duran e A-Ha. Aliás, talvez a explicação para a sonoridade dessa faixa seja o fato do electropop ser o estilo em voga na época e o Bon Jovi ter a pretensão de alçar vôos para fora da América do Norte.

No mais, o fato é que o sucesso de Slippery When Wet foi tão grande e estrondoso que o Bon Jovi só conseguiu repetir o feito com um álbum quatorze anos depois, com Crush (2000).

Não que a banda não tenha lançado bons discos nesse espaço de tempo. Aliás, muito pelo contrário, pois Keep the Faith (1992) e These Days (1995) nos provam isso.

Mas em todo caso, costumam dizer que a maioria das bandas de rock só acerta a mão em um álbum uma vez na vida. O Bon Jovi acertou duas.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Dance Para o Rádio (Listas) - Grandes músicas (Década de 2000)

Ao contrário do que se costuma dizer por aí, a década de 2000 foi sim bastante produtiva para o mundo da música. Claro que não tanto quanto quanto as anteriores, mas ainda assim, existe muita coisa boa.

Nessa década, surgiram algumas boas bandas ou artistas. Umas prometiam muito como o Killers e acabaram decepcionando. Outras conseguiram se reinventar e angariar novos fãs, como o Bon Jovi.

Em todo caso, não significa que essa lista de cinquenta músicas tenha a pretensão de cravar as melhores faixas da década passada, mas sim listar algumas delas.

Tendo isso em vista, vamos ao que interessa: A lista dessa semana, com algumas das melhores músicas da década passada. Divirtam-se.

01 – Bon Jovi – It's My Life [Crush, 2000]
02 – Keane – Everybody’s Changing [Hopes and Fears, 2004]
03 – Coldplay – Viva La Vida [Viva La Vida, 2008]
04 – Oasis – Stop Crying Your Heart Out [Heathen Chemistry, 2002]
06 – Lily Allen – Back to the Start [It's Not Me, It's You, 2008]
07 – New Order – Crystal [Get Ready, 2001]
08 – The Young Veins – Take a Vacation [Take a Vacation, 2010]
09 – The Verve – Love is Noise [Forth, 2008]
10 – Katy Perry – One of the Boys [One of the Boys, 2008]
11 – The Cribs – I'm a Realist [Men's Needs, Women's Needs, Whatever, 2007]
12 – Muse – Resistance [The Resistance, 2009]
13 – Arctic Monkeys – Teddy Picker [Favourite Worst Nightmare, 2007]
15 – Eminem – We Made You [Relapse, 2009]
16 – My Chemical Romance – The Black Parade [Welcome to the Black Parade, 2006]
17 – Lil' Wayne – Prom Queen [Rebirth, 2009]
18 – The Strokes – Last Nite [Is This It, 2001]
19 – Guns N' Roses – Street of Dreams [Chinese Democracy, 2008]
20 – Blur – Crazy Beat [Think Tank, 2003]
21 – Amy Winehouse – Tears Dry on Their Own [Back to Black, 2006]
22 – Lady Gaga – Paparazzi [The Fame, 2008]
24 – Belle & Sebastian – If She Wants Me [Dear Catastrophe Waitress, 2003]
25 – Lenny Kravitz – Lady [Baptism, 2003]
26 – The Wiew – Claudia [Hats off to the Buskers, 2007]
27 – Kaiser Chiefs – I Predict a Riot [Employment, 2005]
28 – U2 – City of Blinding Lights [How to Dismantle an Atomic Bomb, 2004]
29 – Stereophonics – Dakota [Language. Sex. Violence. Other?, 2005]
30 – The Killers – Somebody Told Me [Hot Fuss, 2004]
31 – The Last Shadow Puppets – Standing Next to Me [The Age of Understatement, 2008]
32 – Kasabian – Club Foot [Kasabian, 2004]
33 – Taking Back Sunday – MakeDamnSure [Louder Now, 2006]
34 – Gorillaz – 19 2000 [Gorillaz, 2001]
35 – Franz Ferdinand – Take Me Out [Franz Ferdinand, 2004]
36 – Tommy Stinson – Not a Moment Too Soon [Village Gorilla Head, 2004]
37 – Nine Inch Nails – The Hand That Feeds [With Teeth, 2005]
38 – Queens of the Stone Age – In My Head [Lullabies to Paralyze, 2004]
39 – Graham Coxon – Bittersweet Bundle of Misery [Happiness in Magazines, 2004]
40 – Placebo – Because I Want You [Meds, 2006]
41 – Mötley Crüe – What's It Gonna Take? [Saints of Los Angeles, 2008]
43 – Black Eyed Peas – Meet Me Halfway [The E.N.D, 2009]
44 – Velvet Revolver – Ditty Little Thing [Contraband, 2004]
45 – The Ting Tings – We Walk [We Started Nothing, 2008]
46 – The Karminsky Experience Inc – Exploration [Power of Suggestion, 2003]
47 – The Zutons – You Will You Won't [Who Killed The Zutons?, 2004]
48 – The Vines – Fuck the World [Winning Days, 2004]
49 – Rihanna – Umbrella [Good Girl Gone Bad, 2007]
50 – The Hives – Main Offender [Veni, Vidi, Vicious, 2000]

A quem vier questionar o número 8: O ano de 2010 está inserido na década de 2000.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Reunião da formação original do Guns N' Roses acontecerá em Abril

Depois de aparições esporádicas de Izzy Stradlin e Duff McKagan em shows do novo Guns N’ Roses de Axl ao longo dos últimos anos. Depois de muito Steven Adler insistir. Depois de o próprio Axl Rose se dispor a se reunir com a antiga banda, ao que tudo indica, agora vai.

Segundo a Metal Hammer, a formação do Guns N’ Roses do disco Appetite for Destruction (1987) deverá se reunir na cerimônia de inclusão do grupo no Rock and Roll Hall of Fame

O sonho de ver Axl Rose, Slash, Izzy Stradlin, Duff McKagan e Steven Adler juntos novamente foi confirmado pelo tecladista Dizzy Reed, que está no grupo desde 1990 e também participará da reunião. A cerimônia acontecerá em abril, e a banda provavelmente tocará alguns de seus grandes clássicos para alegria dos fãs.
“Eu sei que toda a banda original vai estar lá. Eu não sei exatamente o que vai acontecer, mas tenho certeza de que será muito legal”.
REED, Dizzy.

Agora, só resta aguardar os próximos capítulos...

Dance Para o Rádio (Entrevistas) - Vans (Depois do Fim)

Pra quem ainda não conhece a Depois do Fim, pode dar uma olhada na resenha que foi postada aqui sobre o segundo EP deles, Além de Sonhos e Histórias. Mas se você já conhece, vamos ao que interessa.

Troquei uma ideia bem legal com a baixista da banda, a Vans, que falou um pouco sobre os novos projetos da banda, suas influências, equipamentos e tudo mais. Confere aí.

DPR: Quando você chegou à conclusão de que queria viver de música?
Vans: Quando arrumei o meu primeiro emprego! Vi na hora que a satisfação de trabalhar o mês inteiro e receber salário, não chega aos pés da sensação de estar em cima do palco! Mesmo que seja pra fazer aqueles shows que a gente tem que pagar até a água que bebe!

DPR: Você é uma das fundadoras da Depois do Fim, certo? Como isso aconteceu?
Vans: A história é até engraçada. Já tinha tido algumas tentativas de banda com a Preta, pra ser mais exata, a primeira vez que fui chamá-la pra tocar, ela tinha de 11 pra 12 anos, e já mandava super bem na bateria e na guitarra. Mas como os gostos musicais não batiam em nada na época, resolvi voltar depois de uns três anos. Tentamos fazer um som ainda mais pop que a DDF, mas não rolou. Daí num certo domingo, às 19 horas recebo uma ligação assim: “Vans, você não vai vir pro ensaio?” Eu nem de ensaio estava sabendo, mesmo assim me arrumei, fui até a casa da Preta, e assim estamos, até hoje.

DPR: Você tem algum baixista que te influencia no modo de se portar no palco, ou em como você compõe as suas linhas de baixo?
Vans: A minha maior influência na questão presença de palco sem dúvidas é o Pete Wentz, do Fall Out Boy. O cara é um arraso. Já nas linhas de baixo, estudei bastante o Champignon do Charlie Brown Jr. e Jon Berry, ex-baixista do RUFIO, mas não empreguei muita coisa do que estudei nas canções da Depois do Fim. O som da DDF já tem duas guitarras, três vocalistas, tínhamos um piano, batera bastante presente. Então, se eu colocar muita firula no baixo; acaba virando bagunça, então optei pelo som mais simples que os graves podem trazer.

DPR: Aliás, ainda falando em composição; quanto às músicas da banda, o processo é dividido, com cada um trazendo uma ideia de um lado; ou essa parte de criação fica restrita a uma ou duas pessoas?
Vans: Geralmente eu faço a letra e a Preta faz a música, mas também existem músicas que são todas da Preta e músicas que são todas da BB.

DPR: Sobre seus equipamentos: Tem preferência por alguma marca? Um pedal em específico ou um modelo de baixo que você goste muito; ou você não costuma dar tanta importância pra isso?
Vans: Eu tenho 4 contra baixos. Quando tenho dinheiro vou comprando tudo o que vejo pela frente. Tenho um Jazz Bass Squier By Fender, um Strinberg, um SG Epiphone e um Cort Ativo. E conto com um pedal de Over Drive Monerr e um Multi Efeitos ME20B da Boss, só me falta mesmo um amplificador, mas se eu puder escolher a combinação perfeita, escolho um cabeçote Gallien Krueger com meu Cort 4 cordas ativo (sem pedal nenhum). PERFECT!

DPR: Qual é a música da Depois do Fim que você mais gosta de tocar?
Vans: Tarde Pra Dizer

DPR: Você acha que ainda rola preconceito pela banda ser composta, em sua maior parte, por meninas – ou vocês levam numa boa e procuram não se importar com comentários ruins?
Vans: Se eu disser que não rola preconceito eu vou mentir. O mundo infelizmente ainda é bastante machista, e na música, é claro, não é diferente. Mas quando rola aquela cara feia pra gente, nós apertamos o foda-se e ligamos a distorção no máximo!

DPR: E agora que a Depois do Fim ta conseguindo alçar vôos mais altos, inclusive tendo ido lançar o vídeo novo no Acesso MTV, quais são os projetos pra banda daqui pra frente?

Vans: A gente quer sempre mais! A ida ao Acesso MTV nos ajudou bastante na questão de internet. Os números aumentaram muito, e os nossos sorrisos mais ainda. Daqui pra frente vamos focar bastante na divulgação do material que já temos. Mas entre março e abril já começamos a gravar clipe novo, e também vamos pro estúdio novamente pra gravação de novas canções. Afinal a música não pode parar!

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PS: Gostaria de agradecer demais a Thaysa Costa, que fez a ponte entre a Vans e eu e fez com que essa entrevista acontecesse. E claro, a Vans, que é uma simpatia.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

RockFest 3 - Ibaiti/PR


É isso aí, moçada! Vai rolar a terceira edição do já tradicional RockFest de Ibaiti, um dos melhores e mais bem organizados festivais de rock do Norte do Paraná, inclusive no qual eu já tive o prazer de tocar nas duas primeiras edições.

Serão cinco bandas, com rock pra todos os gostos. Do alternativo ao clássico. Do grunge ao metal.

As demais informações estão no cartaz. Se você quer rock nesse carnaval, Ibaiti é o lugar!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Capital Inicial - Credicard Hall SP

Por Catharina Schoene

Em única apresentação, o Capital Inicial lotou o Credicard Hall e prometeu uma surpresa a todos que comparecerem.

Com um dos shows mais longos da turnê, segundo o vocalista Dinho Ouro Preto, eles desfilaram hits cantados em uníssono pela plateia e aproveitaram essa empolgação para a tal surpresa: a gravação do novo clipe da banda, Vamos Comemorar (a música foi tocada duas vezes).

Eles são muito animados e competentes ao vivo, e há grande destaque dos chamados músicos contratados: o tecladista Robledo Silva e o guitarrista Fabiano Carelli, que tem seus momentos solo.

Dinho, com sua conhecida energia inconsequente (é engraçado ver a cara dos seguranças quando ele pula na plateia) e os vícios de linguagem (algumas pessoas que estavam na minha frente, na pista, começaram a contar quantas vezes ele falava "cara" e "velho" durante a apresentação    não sei até onde chegaram). 

O show começa com o riff do clássico do Nirvana, Smells Like Teen Spirit, e mais além outros dois covers são feitos: Should I Stay Or Should I Go, do The Clash;  e Mulher de Fases, dos Raimundos  além de versões de músicas do Aborto Elétrico, como Fátima (melhor momento do show), Música Urbana, Veraneio Vascaína e Que País é Esse.

Todas as músicas são muito bem recebidas pela platéia, incluindo Eu Quero Ser Como Você, tocada pela primeira vez ao vivo (excluindo o Luau MTV). Os momentos que merecem maior destaque são, além de Fátima e Veraneio, Quatro Vezes Você, Independência, Natasha (minha música preferida da banda), Fogo (com uma linda introdução de piano de Robledo Silva), À Sua Maneira, Não Olhe Para Trás e O Mundo.

Antes de Que País é Esse, Dinho fez um discurso sobre voto nulo e disse para que todos os presentes votassem nulo nas próximas eleições, para manifestar que não se sentem representados por ninguém na política.

A primeira música do bis foi escolhida pela plateia por um sistema de mensagens de texto, e a vencedora foi O Passageiro. O bis também contou com Eu Quero Ser Como Você, Todas as Noites e a segunda versão de Vamos Comemorar. É uma banda excelente ao vivo e é um show que merece ser visto por todos.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Velvet Revolver - Contraband

De tempos em tempos surgem alguns supergrupos com grandes estrelas do rock no cenário musical. Na maioria das vezes nunca dá certo, sobretudo pelo que as pessoas gostam de chamar de conflito de egos. 

Lá por idos de 2002, os ex-Guns N' Roses Slash, Duff McKagan e Matt Sorum se juntaram para alguns concertos, mas nada sério.

Mas no ano seguinte a coisa mudou de figura, e um guitarrista base foi recrutado para o grupo. Dave Kushner, que havia sido colega de escola de Slash e que por coincidência já havia trabalhado com Duff tempos antes.


O antigo guitarrista base e compositor do Guns N' Roses, Izzy Stradlin, chegou a ser convidado para o novo projeto, mas acabou recusando.

Mas ainda faltava algo fundamental: um vocalista. E eis que Scott Weiland que recém havia deixado o Stone Temple Pilots surge como um nome forte. Mas só tinha um problema: Weiland estava preso. Resultado: A banda teve que esperar o vocalista deixar a cadeia para iniciar os trabalhos.

Mas entre um contratempo e outro, ainda em 2003 a banda finalmente entrou no estúdio e iniciou os trabalhos para um disco de estreia. E então, foi concebido Contraband, lançado em junho de 2004.

E logo nos primeiros momentos do disco já fica claro quem está por trás do baixo que inicia a porrada que estaria por vir em Sucker Train Blues.

Aliás, se não fosse por três baladinhas, Contraband seria um disco rápido e nervoso do início ao fim. Mas claro, todo disco precisa de suas músicas lentas para quebrar o ritmo. E por esse lado da coisa, Fall to Pieces e Loving the Alien fazem esse trabalho de frear o álbum de forma admirável, devidamente colocadas nos lugares certos.

Mas mesmo com grandes músicos e um vocalista de renome dentro do rock, algumas pessoas ainda se preocupavam em como poderia sair o disco. E talvez elas até tivessem um pouco de razão, afinal, como poderia soar um trabalho de músicos de hard rock com um vocalista de grunge?

A resposta é simples: Não poderia ter sido melhor. Até mesmo porque, é bem verdade que o Stone Temple Pilots sempre teve um pé no hard rock embora tenha se consagrado na onda grunge de Pearl Jam e Alice in Chains.

Mas claro que não eram apenas as influências de Slash e Duff que iriam se fazer valer no disco. Prova disso é Do it for the Kids, que consegue soar como antiga banda de Scott, mas sem deixar ter as veias de hard rock, sobretudo pelos solos de guitarra presentes na faixa.

Um dos grandes hits do álbum é a poderosa Slither, que se caracteriza basicamente por ser rápida, suja e direta; exatamente como Slash e Duff costumavam fazer em outros tempos.

Algo que potencialmente ajudou a alavancar as vendas do disco foi Set Me Free ter entrado na trilha sonora do filme Hulk. Ela segue na mesma pegada do disco e teria tudo pra ser um dos grandes hinos do rock da década passada, principalmente por seu riff inicial de guitarra que imediatamente nos faz pensar uma coisa: É Slash!

E já quase no fim do disco, claro que a influência que Duff recebe do punk rock não poderia ser deixada de lado. Em Dirty Little Thing, a banda faz essa mistura de punk e hard rock como poucos. E diga-se de passagem que o baixo até faz lembrar um pouco de It's So Easy (Guns N' Roses Appetite for Destruction, 1987).

A prova cabal de que Contraband é um grande disco, foi as vendas e certificações de ouro e platina que o disco recebeu logo na saída. Também pudera, é uma grande faixa atrás da outra.

Em todo caso, três anos depois a banda lançou o sucessor de Contraband; Libertad, que é um disco bastante consistente, mas claramente inferior ao primeiro.

Mas como acontece com todos os supergrupos, o Velvet Revolver conheceu o seu fim pouco tempo depois, principalmente por problemas envolvendo o vocalista Scott Weiland. Mas ainda assim, há quem afirme que a banda esteja apenas em hiatus por tempo indeterminado. 

Mas passado o tempo, o fato é que Weiland voltou ao Stone Temple Pilots, Slash está tocando a turnê de seu disco solo e Duff McKagan com sua banda, o Loaded – além de periodicamente fazer participações em shows do Guns N' Roses.

E tudo isso, se visto com olhos de apreciadores de boas bandas, chega a ser até uma pena, pois o Velvet Revolver tinha tudo pra ser (e talvez até fosse) a banda a salvar o rock com novos trabalhos sem se apoiar em coisas antigas.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

The Stone Roses - The Stone Roses

Você pode até nunca ter ouvido falar em Stone Roses, ou então nunca ter escutado esse disco por inteiro, mas tenha consciência de que ele é constantemente citado como um dos melhores álbuns de estreia de todos os tempos – isso quando não é colocado como o melhor.

Lançado em 1989, dava o pontapé inicial no movimento que era conhecido como Madchester, que nada mais é do que uma espécie de trocadilho com mad (louco) e o nome da cidade em que viviam, Manchester. 

E na verdade até faz bastante sentido, porque a música era de fato louca. O estilo tem suas raízes nas guitarras dos clássicos ingleses mas também buscavam inspiração nas batidas eletrônicas e claro, em drogas sintéticas.

Seja na versão original ou na americana (que é melhor), o não dá pra dizer que essa ou aquela faixa é clássica. Afinal, quando um disco é clássico, todas as suas faixas são verdadeiros hinos. E era isso o que as 11 (ou 13) músicas do debut do Stone Roses eram na Inglaterra do final dos anos 80 e início dos 90.

Abrindo o disco, I Wanna Be Adored é caracterizada sobretudo pelas linhas de baixo de Mani, que apesar de ser facilmente executável, soa genial e incrível. E com o passar do tempo se tornou uma das mais linhas lembradas e adoradas (com o perdão do trocadilho).

Aliás, sobre She Bangs the Drums, que dá sequência ao disco; é perfeitamente aceitável que se dê os mesmos adjetivos creditados à Adored

Normalmente, a terceira faixa seria Waterfall, mas na versão americana entrou a excelente Elephant Stone, que traz uma batida mais acelerada, com alguns elementos de funk-rock, mas sem deixar de ter identificação com o som do Stone Roses. E uma curiosidade sobre essa faixa, é que ela é a única do disco a ser produzida por Peter Hook, ex-baixista de Joy Division e New Order e que veio a trabalhar com Mani e Andy Rourke do Smiths anos mais tarde no projeto Freebass.

Mas engrana-se quem acha que o Stone Roses amparava-se apenas em músicas alegres e dançantes. Prova disso é Made of Stone, que começa triste, com uma guitarra quase chorosa, acompanhada de um baixo incisivo, soando exatamente como uma música de fins de década, como quem quer decretar o fim de algo. Aliás, nessa mesma linha, o disco ainda conta com This is the One.

E fechando o disco, Ian Brown e seus companheiros apostaram em músicas mais alegres, como I am the Resurrection, que soa bonitinha e inocente, uma prova claríssima de que boa parte das referências musicais da banda estão nos anos 60. E não podíamos esquecer claro, da suingadíssima Fools Gold, que embora já fosse uma música bastante conhecida pelo menos na Inglaterra, se tornou muito mais popular na última década por ter entrado na trilha do game GTA San Andreas.

A única diferença entre a versão que entrou no jogo e a do álbum, é que a do game – e que tocava nas rádios na época do lançamento do disco, tinha pouco mais de quatro minutos. A do álbum tem quase dez.

Outra coisa muito legal no disco é a capa. Não que seja algo inovador, extraordinário ou algo do gênero, mas sempre é algo interessante de se destacar quando um dos membros da banda é o responsável pela arte; e nesse caso, o guitarrista John Squire.

E pra quem conheceu a banda depois do seu fim em 1996 e sempre viveu a lamentar o fato de nunca ter a oportunidade de ter visto a banda e todos os seus hits ao vivo, boa notícia (e um pouco velha): A banda se reuniu em toda a sua formação original e tem três datas em Manchester para a metade desse ano e até mesmo a possibilidade de um novo trabalho. Com isso, fica a expectativa de uma turnê mundial.

Mas enquanto o Stone Roses não faz uma tour pelo mundo e resolve dar as caras por aqui, aproveite pra ouvir esse disco mais uma vez e fazer uma viagem louca pelo disco do principal expoente do estilo que de certa forma criou o que conhecemos por Britpop.

E caso você ainda não conheça ou tenha ouvido apenas uma ou outra faixa em separado, aproveite a ótima dica (e oportunidade) de conhecer um dos melhores trabalhos que a terra da Rainha já concebeu.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Dance Para o Rádio (Listas) - Músicas revolucionárias

O que faz uma música ser classificada como boa ou ótima já é uma pergunta bastante difícil de se responder. E então, o que podemos dizer de artistas que tiveram o dom de escreverem canções que revolucionaram o mundo da música? 

E quando pensamos nisso, aplica-se tanto em um âmbito geral, quanto em uma determinada época ou cena musical.

Tendo isso em mente, nos próximos parágrafos, Catharina Schoene e eu tentaremos achar essas respostas. Ou melhor, na verdade; vamos citar algumas músicas que revolucionaram e sucintamente explicar porque elas merecem esse título.

Sendo assim, vamos à lista dessa quinta-feira (quase na sexta, quase). E de resto, vocês já sabem: Divirtam-se.

Qualquer explicação para justificar o porquê de Bohemian Rhapsody ser uma música revolucionária seria absolutamente óbvia. Nela, Freddie Mercury e seus companheiros de Queen foram antes de qualquer coisa, ambiciosos. Juntar elementos de música erudita e rock parecia uma insanidade. E o que dizer então de querer emplacar um single com mais de cinco minutos de duração? Pois é. Eles conseguiram.

Que o Kraftwerk inventou a música eletrônica, disso todo mundo sabe. Mas a coisa mais legal nessa música é o fato dela parecer uma viagem por uma autoestrada, como sugere o título dela. E sem deixarmos de mencionar claro, ela ter quase 23 minutos de duração, o que a torna mais ainda uma viagem.

Embora haja alguma discordância acerca disso, há quem defenda com unhas e dentes que Helter Skelter foi o primeiro heavy-metal da história. Se de fato foi mesmo o primeiro, disso ninguém nunca vai ter certeza, mas que sem dúvida é uma das músicas mais nervosas dos Beatles, isso é.
Lançado em 1969, o disco Tommy do The Who criou tudo o que se conhece por ópera rock desde então. Pra quem não sabe, ópera rock é quando todas as faixas têm uma ligação entre si – e o disco procura contar uma historia. E em Tommy, Pinball Wizard é a faixa que melhor sintetiza tudo isso.

Um dos riffs mais conhecidos do rock. Esse foi o primeiro single dos Stones a alcançar o n° 1 das paradas americanas. À primeira vista, pode até parecer uma música de cunho sexual, mas na verdade ela traz uma crítica sobre a alienação que o público sofria da mídia na época – e convenhamos que sofre até hoje. Tendo conhecimento disso, podemos afirmar que Satisfaction mesmo tanto tempo depois de ser lançada, não podia ser mais atual.

E se o Kraftwerk inventou a música eletrônica, o New Order redefiniu. Blue Monday foi o primeiro single com mais de 7 minutos de duração a atingir o topo das paradas do mundo todo. E se existe um jeito de definir Blue Monday, é dizendo que ela revindica pra si todo o conceito de crossmusic, flutuando entre o rock e o dance.

O primeiro single da banda a entrar nos Top 40 foi responsável por seu lançamento ao grande público, fazendo não só com que o Metallica, mas que o heavy metal, se tornasse um gênero que ocupava as paradas de sucesso. Com mais de 7 minutos de duração, também foi a primeira música deles a ganhar videoclipe; e foi o pontapé inicial para que eles se tornassem superstars em 1991.

A música que abre os trabalhos do disco mais poderoso e criativo dos Smiths não se caracteriza apenas pela sua bateria com um vigor que parece inesgotável, mas também pela letra forte, que se sustenta na inteligência de seus compositores, Morrissey e Johnny Marr, que criticavam duramente instituições como a igreja e a monarquia inglesa.

Em 1977 os punks causaram o terror na terra da Rainha. Além de falarem o primeiro palavrão na história da TV britânica, ainda acusaram sua Majestade Elizabeth II de ser fascista. Depois disso, tiveram seu disco retirado das lojas e foram proibidos de se apresentarem sobre o solo pertencente à Majestade. E pensar que tem muita gente que os considera como apenas uns moleques baderneiros de Londres que não sabiam tocar...

O cenário de fins da década de 80 e início de 90 era dominado por bandas espalhafatosas de glam metal cheias de hedonismo e diversão. Então, eis que chega o Nirvana: Sujo, descabelado e revoltado. Com um dos riffs mais fáceis e reconhecíveis da história, eles terminaram de pregar a tampa do caixão do glam e desencadearam a onda grunge.

Anberlin - Blueprints for the Black Market

O Anberlin surgiu no início da década passada em meio a cena de outras bandas que posteriormente ficaram mais consagradas, tais como Simple Plan e My Chemical Romance. Mas por outro lado, mantiveram-se com um publico mais alternativo e fiel, assim como os caras do Taking Back Sunday.

O que difere o Anberlin dessas outras bandas, sem sobra de duvida é o vocal. Stephen Christian não tem uma voz de adolescente ou chorosa. Na verdade, ele soa bem parecido com Morrissey, só que se ele tivesse 23 anos.

Pois então, em 2003 eles lançaram seu debut álbum, Blueprints for the Black Market, e é sobre ele que a gente vai falar um pouco.

O disco começa com Ready Fuels que tem uma guitarra rápida no começo e quando os versos entram, temos o maior clichê desse estilo de rock: guitarra com notas abafadas e a bateria num ritmo bem acelerado.

Outro grande destaque desse disco é a faixa 4, Cold War Transmissions, que se caracteriza pelo seu peso e velocidade no começo.

O próximo ponto de parada e que requer bastante atenção no album é Autobahn, faixa 7, onde o peso e o ritmo do disco caem bastante. Ela tem um começo mais sereno, com uma bateria mais suave, carregada no violão base e um sintetizador acompanhando.

Mas em todo caso, a calmaria não dura muito tempo e Cadence volta quebrando tudo. Assim como o conjunto geral do álbum, ela traz consigo uma batida frenética e guitarras gritantes.

Mas por ironia do destino, o melhor momento do disco é um cover. Trata-se de Lovesong, que originalmente é do The Cure. Salvo algumas diferenças aqui, como as guitarras distorcidas, a velocidade em que a música é tocada e ao invés do órgão, um piano é tocado como ponte entre o primeiro e o segundo verso. Nesse caso, não dá nem pra chamar de cover, mas sim de versão.

E pra fechar, Naive Orleans, que é uma das músicas mais conhecidas do grupo, mas nem por isso deixa de ser uma das melhores do disco.

No mais, não dá pra dizer que é algo extraordinário ou diferente de tudo o que você já ouviu antes, mas é um bom debut álbum de uma banda; e que inclusive, evoluiu muito desde esse disco até os dias atuais.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Guns N' Roses - Appetite for Destruction

O hard rock farofa americano perdia cada vez mais espaço para as máquinas do electropop europeu. Seria o pop mais prestigiado que o rock? Tudo indicava que sim. Porém, em 1987 uma banda lançou seu debut álbum e mudou isso.

Com um visual similar ao das bandas da geração Bon Jovi e Mötley Crüe, o Guns N’ Roses se diferenciava desses grupos por fazer um som agressivo, raivoso. Sem contar as letras cheias de obscenidades.

Na verdade, no ano de lançamento de Appetite for Destruction, o disco não fez tanto sucesso assim. Foi só no ano seguinte, quando a banda começou a abrir shows para outros grandes nomes do rock como o Aerosmith, que o grupo liderado por Axl Rose começou a se popularizar.

A primeira faixa já é uma pedrada na cara: Welcome to the Jungle. Diferentemente das outras bandas da época, que quase sempre procuravam basear suas letras em desilusões amorosas, o Guns N’ Roses estava mais preocupado em escrever sobre a realidade em que os membros da banda viviam.

Desde o início, até My Michelle, as músicas seguem quase numa mesma temática. Só variam o jeito com que cada uma soa. Out Ta Get Me, por exemplo, tem uma levada que lembra bastante algumas coisas dos Rolling Stones.

Ainda seguindo a linha do disco, It’s So Easy é rápida e suja, porém, a influência na composição dessa faixa vem de outro lado, o das bandas punks dos anos 70, cujo maior entusiasta do estilo no grupo era o baixista Duff McKagan, autor da faixa.

Embora o Guns N’ Roses tenha procurado colocar um pouco de cada uma de suas influências em seu primeiro disco, algumas faixas são absolutamente naturais deles. Ou seja, daquelas que você não imagina outra banda fazendo. Os melhores exemplos disso são a excelente Nightrain, onde acontece até um duelo de guitarras entre Izzy Stradlin e Slash e claro, o megahit Paradise City.

E como é de costume, todo grande disco de rock tem que ter uma de suas baladinhas. E então eis que temos um dos riffs de guitarra mais clássicos da história do rock n’ roll: Sweet Child o’ Mine. E pasme você, mas essa música surgiu de forma despretensiosa – a partir de o que Slash classificava como “um exercício idiota”.

Mas apesar de muito se falar em Slash, a grande veia criativa do disco está na dupla Rose/Stradlin. Aliás, o guitarrista base do grupo pode ser classificado definitivamente como um hit-maker, não só a notar por esse disco, mas também pelos posteriores lançados pela banda, como Lies (1988) e o duplo Use Your Illusion (1991).

Para se ter uma ideia do impacto que Appetite for Destruction causou no mundo da música na época que foi lançado, logo de cara a banda se tornou o inimigo público numero 1 dos Estados Unidos. O clipe de It’s So Easy foi censurado. A capa do disco foi censurada em alguns países e teve de ser trocada. E sem deixar de mencionar, que salvou o velho rock n’ roll de ser massacrado pela ótima música eletrônica européia.

Aliás, seria desnecessário dizer que é um disco conceitual e definitivo do rock n’ roll; e inclusive, se você ainda não o ouviu, está perdendo tempo, pois Axl Rose nunca mais vai proporcionar outra obra-prima dessas ao mundo do rock.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Supergrass - I Should Coco

Em 1995 o Supergrass lançou seu primeiro disco, intitulado I Should Coco, justamente no auge da batalha do britpop entre Oasis e Blur. E logo de cara o disco já deu a banda o seu maior hit: Alright

Você provavelmente deve ter ouvido. E mesmo que tenha sido assistindo As Patricinhas de Berverly Hills, ainda tá valendo.

Pois bem; o conceito de britpop pode ser dividido entre a parte séria, como o já citado Oasis, o The Verve e o Stereophonics e na contramão disso tem a parte divertida, de bandas como o também já citado Blur, o próprio Supergrass, e os herdeiros desse legado, como o Kaiser Chiefs.

Ao apertar o play no álbum, a primeira faixa é I'd Like To Know, que basicamente dita não só o ritmo desse álbum, mas pelo menos dos três primeiros discos da banda. Na sequência, Caught By The Fuzz segue a mesma linha. Basicamente, ela vai remeter à coisas do Blur entre 1991 e 1994.

Aliás, sobre fazer lembrar a banda de Damon Albarn e Graham Coxon, Mansize Rooster chega a ser um deboche. A melodia do piano lembra ligeiramente Sing (Leisure, 1991).

E finalmente, chegamos à melhor música do disco. Pode até parecer atitude de poser dizer que ela é de a música que mais se destaca, mas sem sombra de dúvidas, Alright é um dos hinos da parcela feliz dos jovens dos anos 90.

Lose It e Lenny mostram um lado mais pegado, quase punk, buscando influência nos anos 60 também, na batida insana do Kinks e em algumas coisas do The Who, por exemplo.

Strange Ones também é bem divertida, cantada em coro pelos integrantes da banda. Se existe alguma outra banda que possa servir de referência, não pra comparação, mas para que haja certo entendimento dessa faixa, é o Weezer. Inclusive, a voz do Gaz Coombes se assemelha bastante com a de Rivers Cuomo nessa faixa.

Sitting Up Straight começa aparentemente séria, com um piano bastante intimista. Mas aí entram as guitarras e a coisa logo muda de figura. Aliás, algo a ser destacado é que os versos do começo soam de modo quase country.

E ainda falando em faixas que parecem sérias em um primeiro momento, temos a ótima She's So Loose. Ela vem carregada com um violão e bateria. Inclusive, dá até pra dizer que trata-se de um caso de plágio, de Dream Attack (New Order – Technique, 1989)

Aliás, o modo como Coombes canta nessa faixa é algo a ser ressaltado também. Pra tentar explicar isso, podemos dizer que ele faz parte de uma seleta lista de vocalistas que cantam de modo debochado, assim como o supramencionado Damon Albarn (Blur, Gorillaz) e Johnny Rotten (Sex Pistols, Public Image Ltd).

A seguir, temos Time, que é de longe a faixa mais rock n' roll, no sentido mais puro da expressão. Aqui, Gaz Coombes e seus companheiros também bebem da fonte dos anos 60, mas nesse caso puxando pro lado mais Beatle e Stone da coisa.

Fechando os trabalhos, temos Time to Go, que em português quer dizer hora de ir. Verdade seja dita, foi um trocadilho safado, porém esperto.

Sintetizando, o disco é muito bom da primeira à última faixa. Pode até se dizer que é um dos pilares não só do britpop mas bem como do rock britânico de modo geral nos últimos 15 ou 20 anos.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Depois do Fim - Além de Sonhos e Histórias

Depois do Fim é uma banda de pop punk formada em São Bernardo do Campo, em 2005.

De lá pra cá, eles tem conseguido bastante respeito na cena underground, além de conseguir números admiráveis na rede, como acessos, downloads e plays no Myspace.

A fórmula não é nova: Junte guitarras gritantes, uma bateria rápida e refrões que sintetizem toda uma angústia adolescente e você terá a Depois do Fim.

A julgar por muitas outras bandas que temos visto ultimamente fazendo esse mesmo tipo de som, pode até parecer batido – e na verdade até é. Mas por outro lado, fazer esses elementos funcionarem bem, já é outra história bem diferente.

Além de Sonhos e Histórias, segundo EP da banda, definitivamente é o que mais agrada; principalmente por seus bons refrões de fácil assimilação e sonoridade com um forte apelo pop.

Em faixas como Canção Pra Te Guardar e Ainda Hoje, a banda se assemelha bastante ao início da carreira do Paramore. Com vocais femininos e um som rápido, mas sem deixar de ser radiofônico, é difícil evitar comparações – mas lembrando que isso não deve ser encarado como algo ruim. Aliás, muito pelo contrário.

Filme B quebra um pouco do ritmo frenético e logo desponta como uma faixa mais ambiciosa, onde é feito o uso de teclados e arranjos mais elaborados.

Outro elemento muito bem utilizado pela banda, que casou perfeitamente com seu som e que com certeza merece um devido destaque, é o revezamento de vocais entre um verso e outro, bastante popularizado no post-hardcore dos americanos do Taking Back Sunday no início da década passada.

Inclusive, a faixa que melhor apresenta esse aspecto de troca de vocais é Clichê, que logo salta aos olhos pela facilidade que enxergamos um hit a nível nacional nela.

E todo esse trabalho tem dado resultado, mais do que os já citados no primeiro parágrafo. Na próxima Terça eles estarão no programa Acesso MTV divulgando o clipe de Nada é Pra Sempre.

Tendo conhecimento disso, é aposta certa pra 2012.

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