quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Panic! at the Disco - Vices & Virtues

Lançado em 2011, Vices & Virtues é o primeiro disco do Panic! at the Disco desde a saída do guitarrista e principal compositor Ryan Ross e do baixista Jon Walker, que logo em seguida fundaram o The Young Veins

E tão logo o disco começa e duas coisas saltam aos olhos. Ou ouvidos.

A primeira delas é que o disco soa perfeitamente como deveria ser o sucessor de A Fever You Can’t Sweat Out (2005), não fosse pelas influências que Ryan Ross estava tendo na época das gravações Pretty Odd (2008) e também claro, pela sua mania de grandiosidade e perfeccionismo.


Não que Pretty Odd (2008) seja ruim, muito pelo contrário. É um bom disco, mas é diferente do que as pessoas esperavam e queriam do Panic! at the Disco. Mas em todo caso, esse não é o ponto, pelo menos não hoje.

A segunda coisa é que o que parecia improvável aconteceu. Brendon Urie e Spencer Smith conseguiram fazer um bom disco com as próprias pernas. Ou melhor, com as próprias mãos. Ou seja, sem a (crucial) ajuda de Ross, que notadamente é um bom compositor. Vide pelo album de estreia do The Young Veins, Take a Vacation (2010) – cujo qual pretendo fazer a resenha qualquer dia desses.

Vices & Virtues é em sua maior parte um disco que empolga até mesmo o menor dos entusiastas da banda. Em dados momentos chega a soar como uma ode ao The Killers, também de Las Vegas, inclusive com quem o Panic! chegou a trocar farpas em tempos remotos.

The Ballad of Mona Lisa, que abre os trabalhos e foi o primeiro single de divulgação desse novo disco soa como algumas das faixas de A Fever You Can’t Sweat Out (2005), só que melhor produzida – bem melhor.

Na verdade, há de se ressaltar que o disco até tem seus momentos de Pretty Odd (2008), como na calminha Always, que é toda carregada em um violão dedilhado, além da sessentista Sarah Smiles, que transita sobriamente entre o country e o folk.

Mas por outro lado, predominam os momentos dançantes do disco, e um deles que merece um maior destaque é Let’s Kill Tonight, que tem uma atmosfera absolutamente anos 80, com uma pegada eletrizante e acelerada de powerpop em seus pouco mais de três minutos.

Outro fato a ser levado em consideração, é que Brendon Urie e Spencer Smith gravaram praticamente todos os instrumentos de Vices & Virtues, o que mostra não apenas a evolução dos dois como músicos ao longo dos anos, mas principalmente como Urie é, ou era, um músico subestimado.

E por fim, resta dizer que Vices & Virtues é um disco agradabilíssimo e absolutamente empolgante. Uma nova perspectiva – com o perdão do trocadilho – para o agora duo (e com exclamação) Panic! at the Disco.

2 comentários:

  1. É simplesmente renovador, eles renasceram das cinzas, esse disco simplesmente mostra o quanto eles são fortes e talentosos!

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