terça-feira, 31 de janeiro de 2012

The Smiths

O vocalista Steven Patrick Morrissey, mais conhecido como Morrissey, nasceu em 22 de maio de 1959, na cidade de Manchester, Inglaterra.

Aliás, Manchester deve ser a cidade com o maior número de rockstars por metro quadrado. Mas em todo caso, isso é assunto pra outro dia.

Pois bem. No começo dos anos 70, Mozz esteve em uma banda chamada Wild Ram, mas logo depois mudaram o nome pra Not Sensibles

O que na verdade chega a ser um tanto quanto irônico, uma vez que Morrissey é conhecido por suas letras poéticas e sensíveis.

Adiante, a banda mudou de nome mais uma vez, para Ed Banger & The Nosebleeds. Naquela época, a formação da banda tinha Eddie Garrity nos vocais e Vini Reilley na guitarra.

Em 1977, ambos sairam da banda e Morrissey passou a cantar. Tendo acontecido isso, eles mudaram a banda para apenas The Nosebleeds. Nessa fase de transição da banda, entraram três integrantes: Pete Crooks no baixo, Toby na bateria e Billy Duffy na guitarra, sendo que este último se tornaria membro do The Cult anos mais tarde. Mas em todo caso, o grupo acabou não dando certo e teve seu em 1978.

Em maio de 82, Mozz foi apresentado a um guitarrista chamado John Marr. Nascia aí uma das parcerias mais bem sucedidas da história do rock n' roll. Naquela época, Marr trabalhava em uma loja de roupas e estava procurando alguém que pudesse escrever letras para suas músicas. Sendo assim, os dois uniram forças e em pouco tempo já tinham algumas canções.

De início, a intenção era escrever as músicas e ganhar algum dinheiro vendendo-as para outros artistas, mas logo essa ideia foi descartada. Então, eles procuraram procuraram por um baixista e um baterista e logo que encontraram, montaram uma banda. 

O nome? The Smiths, que era absurdamente óbvio e simples para a época se comparado com os nomes complicados e pomposos de outras bandas.

O guitarrista John passou a se chamar Johnny e Steven Morrissey apenas Morrissey. Os outros membros da banda eram o baterista Mike Joyce e o baixista Andy Rourke.

Já em outubro de 82 eles finalmente fizeram sua primeira apresentação. O primeiro single da banda foi lançado menos de um ano depois, em maio de 83. Ainda no mesmo ano, mais precisamente no dia 18 de maio, eles gravam o primeiro BBC Sessions, que posteriormente seria tocado no John Peel Show. E no mês seguinte, a banda assinou com a Rough Trade Records.

No dia 3 de junho a banda tocou no Birmingham Fighting Cocks, onde a lendária Joy Division fez sua estreia seis anos antes.

O tempo foi passando e nada de tão importante acontecia com a banda. Mas em outubro isso mudou, quando foi lançado o terceiro single, This Charming Man. A música alcançou um enorme sucesso e vendeu horrores, se tornando o single mais vendido da pequena Rough Trade Records.

Em fevereiro de 84 eles finalmente lançam o primeiro disco, simploriamente intitulado de The Smiths. Entretanto, a expectativa criada pela imprensa especializada foi tanta, que os resultados foram um tanto quanto decepcionantes. Inclusive, se não fosse o single Heaven Knows I'm Miserable Now, talvez a banda tivesse "fechado as portas". A b-side do single era uma música chamada Suffer Little Children, que acabou chamando a atenção da mídia e tornou os Smiths interessantes novamente.

No dia 19 de abril eles iniciaram uma mini tour pela Europa. Já no mês de agosto, How Soon Is Now? foi lançada como uma b-side de William It Was Really Nothing.

Naquele momento, as coisas tinham mudado de figura pros Smiths, afinal, eles eram um grupo bem mais conhecido e estavam sendo cotados como uma promissora banda da Inglaterra. Então, eles entraram no estúdio e gravaram o novo disco e a coletânea Hatful of Hollow foi lançada em novembro de 84. O disco continha canções do primeiro álbum e outras inéditas, inclusive a cultuadíssima How Soon Is Now? que porém, faria sucesso um ano depois, no álbum Meat is Murder.

Em junho de 86 foi lançado o que é considerado por muitos como o trabalho mais conceitual e ambicioso da banda, The Queen Is Dead, que além da faixa título que é incrível, trazia também a belíssima There is a Light That Never Goes Out.

Os Smiths partiram então para uma turnê nos Estados Unidos para divulgar o novo trabalho. No dia 20 de outubro seria a vez de lançar o single Ask.

No dia 23 do mesmo mês a banda tocou no National Ballroom Kilburn, e 14 das músicas tocadas são posteriormente usadas no disco ao vivo Rank.

Em dezembro de 86, eles tocam no Anti-Apartheid Movement Concert, em Londres. Seria o último show na Inglaterra. E cinco dias depois, o The Final Peel Sessions foi ao ar.

Já em março de 87, no ano derradeiro da banda, começam as gravações de um novo disco. Dois singles e uma coletânea de b-sides são lançados, Louder Than Bombs (EUA) e The World Won't Listen (Europa).

Tudo estava, de certa forma, correndo bem, até que um dos alicerces decide deixar o grupo. Em agosto de 87 o guitarrista Johnny Marr deixa os Smiths. A banda ainda sim lançou o quarto álbum, Strangeways Here We Come.

Com esse disco, o contrato com a Rough Trade termina e eles pretendiam assinar um novo acordo com a multinacional EMI, mas no entanto a banda se separou definitivamente. Porém, em setembro de 88 foi lançado um disco ao vivo, o anteriormente citado, Rank.

Desde então, os Smiths foram (e são) das bandas mais influentes do mundo, principalmente do que viria a se tornar o movimento indie décadas mais tarde.

Aqui no Brasil, no quesito influência não foi diferente; e talvez a banda que mais se assimile aos rapazes de Manchester, embora seja absolutamente inferior, é a Legião Urbana.

domingo, 29 de janeiro de 2012

The Killers - Day & Age

Na primeira metade da década passada, um dos estilos em voga era o indie. E dentro desse estilo haviam duas pontas. 

Uma, era formada por punks de boutique milimetricamente desarrumados e com os cabelos cuidadosamente encebados. Outra, por rapazes arrumadinhos de blazer e bem penteados.

A primeira era liderada pelo Strokes (hoje arrumadinhos) e pelo Libertines, que embora tenha alguma coisa ou outra de valor, sabemos que eles eram, mais do que qualquer coisa, forçados.

Na dos arrumadinhos, tínhamos o Franz Ferdinand, que é um Talking Heads bem menos talentoso (embora melhor produzido) e o The Killers, que se inspirava em sons dos anos 80 como Depeche Mode, A-Ha e Duran Duran.

E claro que devemos dizer que a maior motivação foi a volta (então recente) do New Order, que havia lançado Get Ready (2001), inclusive de onde eles tiraram pelo menos uns 70% de seu album de estreia, o consistente Hot Fuss (2004).

Mas o tempo passou e o Killers passou a se sentir blindado por bons comentários de Sir Paul McCartney e Bono e se achou no direito de gravar a primeira coisa que viesse à mente e tratar de enfiá-la em um disco. Os primeiros indícios de que isso estava acontecendo foi logo no sucessor de Hot Fuss (2004), quando eles lançaram o já ligeiramente irregular Sam’s Town (2006).

Mas ainda sim, o disco conseguiu alcançar a média e passar de ano. O conjunto da obra é bastante vazio e cheio de falhas, mas os hits como Bones, Read My Mind e When You Were Young conseguiram salvar o trabalho e fazer com que a banda sobrevivesse ao segundo disco e pudesse partir para um terceiro.

Mas aí veio o ano de 2008 e a banda precisava lançar um material novo. Eis que veio então Day & Age, que pode ser definido em uma palavra: Desastroso. E só como complemento, devo dizer que todos os envolvidos deveriam se envergonhar pelo que fizeram.

Como anteriormente dito, o Killers provavelmente se sentiu no patamar de grande banda de rock graças a elogios de lendas da música e achou que podia gravar qualquer coisa que as pessoas aplaudiriam. E foi isso que eles fizeram em Day & Age, um apanhado de músicas ruins que jamais deveriam ter visto a luz do dia.

Joy Ride é sem dúvida o maior exemplo disso. Até uma gravação demo dessa música seria um desperdício total de tempo, dinheiro e energia.

Aliás, não só essa faixa, mas bem como todo o disco ao longo de seus quarenta e cinco minutos, que mais parecem intermináveis horas de tortura. Mas o mais surpreendente em tudo isso, é saber que esse festival de músicas desnecessárias veio de quem poderia e deveria ter feito melhor.

No começo do álbum até se tem a falsa sensação de que trata de um trabalho de qualidade aceitável, pois os hits previsíveis Human e Spaceman foram colocados – estrategicamente – como faixas 2 e 3.

Mas de resto, mesmo com o maior dos esforços da parte de quem ouve, não se salva nada. Inclusive o que se vê são músicas que mesmo com seus três minutos de duração parecem levar uma eternidade para acabar. 

Isso sem mencionar Goodnight, Travel Well, que só de notar que ela tem seis minutos, já faz você ter vontade de quebrar o disco.

Esse ano, tudo indica que o Killers deva lançar um material novo. Se eles vão conseguir se resgatar da irregularidade que vem tendo ao longo dos anos e fazerem o que sabem de melhor, só resta esperar pra ver.

Mas se por outro lado eles resolverem se “reinventar” mais uma vez, será uma pena, pois além de ser um desperdício de talento, provavelmente vão se perder ainda mais no buraco em que caíram nessa tentativa desesperada de ser o U2 dos tempos modernos.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Maria Gadú - Mais Uma Página

Em Dezembro passado Maria Gadú lançou seu segundo disco. E o título desse novo trabalho é autoexplicativo: Mais Uma Página. 

Ele sugere não uma página virada na carreira da cantora, mas sim uma continuação do que ela já havia feito em seu disco de estreia, Maria Gadú (2009).

Nesse novo trabalho, Gadú mostra que não só é uma cantora de personalidade forte, bem como ela cresceu ainda mais nos últimos dois anos. 

E provavelmente a maior prova disso sejam as letras bem elaboradas, que conseguem passar emoções sem cair em velhos clichês.

Um dos destaques mais significativos desse disco é Taregué. A julgar não só pelo nome, mas bem como ao ouvir a faixa, pode-se ter a impressão de que ela tem a pretensão de ser a Shimbalaiê (Maria Gadú, 2009) desse álbum.

Mas nem só de canções lentas e carregadas ao violão é feito Mais Uma Página. Linha Tênue é deliciosamente empolgante, mesmo sem ser exatamente rápida. Nela notamos uma melodia com um forte apelo pop. Dentro de um tempo será hit indiscutível. Só depende de a própria Maria Gadú querer.

Outro aspecto notável é o fato de Gadú apostar também em canções em outros idiomas, como o inglês e o espanhol. Long Long Time soa absolutamente doce, mesmo trazendo em dados momentos um piano mais carregado com notas mais graves. Já em espanhol temos Extranjero. A impressão é de uma canção de MPB que foi dar um passeio em Buenos Aires.

Outras apostas de Maria Gadú nesse novo álbum são participações especiais e regravações de músicas clássicas de outros artistas. Em Quem? a participação é de Lenine. Já em A Valsa quem entra na música é o cantor português Marco Rodrigues.

Sobre as regravações, temos Amor de Índio do Roupa Nova e Oração ao Tempo de Caetano Veloso. Nada contra o Roupa Nova, mas sem dúvida o destaque maior é para a música de Caetano.

Oração ao Tempo parece ter sido escrita para que Maria Gadú cantasse. E como se não fosse o bastante; ela entrou como tema de abertura da novela A Vida da Gente, da TV Globo, o que possivelmente alavancará as vendas desse álbum.

Ademais, só resta dizer que Mais Uma Página é um disco absolutamente autoral – e natural. Nele, Maria Gadú não força nada em momento algum. A honestidade e o sentimento em que ela passa em cada verso e a emoção e a beleza de cada arranjo tornam esse álbum um agradável exercício de musicalidade.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Pato Fu - Isopor

Muita gente pensa que o Pato Fu é uma banda que tem uns hits isolados ao longo da carreira e que sempre ficou na sombra de outras bandas consagradas, tais como o Capital Inicial, Skank, dentre outras.

Ledo engano. O Pato Fu é de longe uma das bandas mais legais que o rock nacional já produziu, fazendo uma mistura de estilos e sons, transitando entre rock e o pop, juntando guitarras distorcidas e batidas de techno.

Em 1998 eles já haviam acertado a mão e feito o excelente Televisão de Cachorro, mas um ano depois, quando se pensava que não dava pro nível subir mais, deu. E eles lançaram Isopor.

E o disco é aberto logo com uma faixa que veio a se tornar um dos maiores clássicos da banda, Made In Japan. Cantada em japonês, ela ainda tem o refrão que faz referência aos Muppets. Moral da história: Definitivamente, John Ulhoa não podia ter tido uma sacada melhor do que essa. Ou até podia, mas veremos ao desenrolar do album.

O clipe de Made In Japan também é outro aspecto a ser destacado. A primeira impressão ao ver o vídeo é de que em hipótese alguma ele foi filmado/produzido aqui no Brasil. Mas por mais incrível que pareça, foi.

Na sequência, a faixa que dá nome ao disco, Isopor. Tem uma batida techno marcando e um baixo com efeito no pedal, a musica segue uma linha só durante todo o seu tempo.

Adiante, não só o maior hit desse disco, mas talvez o maior de toda a história da banda: Depois. Afinal de contas, quem não se lembra desses versos clássicos:


“Quando penso em nós dois, deixo tudo pra depois / Quando penso em nós três, fica pra outra vez”

Acerca da interpretação da letra, podemos imaginar duas possibilidades óbvias; ou que se trata de um triângulo amoroso, ou então de um casal que planeja ter um filho.

Um Ponto Oito é a faixa mais longa do disco e começa com uma guitarra com um riff bem distante do que se entende por convencional. Sonoramente, ela faz o Pato Fu parecer uma banda muito antiga – muito. Aos 03:40 a musica cresce e começa uma quebradeira geral, mas ainda com o mesmo riff.

Imperfeito começa de um jeito um tanto quanto experimental, mas conforme a musica se desenvolve, ela vai tomando formas de Pato Fu mesmo, soando como tudo que a banda já fez antes.

Morto é a primeira musica nesse disco cantada por John Ulhoa. E logo de cara ela já impressiona pela mistura de sons feita nessa faixa. Funk, ska e punk rock. Pode parecer estranho de se ler, mas quando se ouve a musica, nota que não podia ter ficado melhor. Aliás, se melhorar estraga.

Em seguida, sem dúvida a melhor faixa do disco: O Filho Predileto do Rajneesh. Ela traz um riff poderoso, uma base bem marcada no baixo e um refrão matador. Depois disso nem tem mais o que comentar.

A guitarra de Perdendo Dentes soa meio Lenny Kravitz. Bem, talvez até a música toda em si, que é outro dos grandes hits da banda. Novamente o baixo bem marcado se mostra em perfeita sincronia com a doce voz de Fernanda Takai.

Mas tem também O Prato do Dia, que segue na mesma linha de peso de Rajneesh. Aliás, depois de um tempo, Takai disse que a música era tão pesada que Ulhoa é quem deveria ter cantado essa faixa. Mas convenhamos que caso isso tivesse acontecido, talvez ela não tivesse ficado tão boa.

E finalizando o disco, Quase, também cantada por John. Trata-se de uma baladinha acústica que soa quase country. Fala basicamente sobre o quase, ser quase alguém, ela ser quase alguém que você sonhou e afins.

Dadas as impressões, resta a conclusão de que o Pato Fu é uma ótima banda e Isopor um disco que merece o mesmo adjetivo.

E se depois de ouvir esse album alguém ainda tiver a cara de pau de dizer que o Cansei de Ser Sexy é uma das coisas mais originais que surgiram nos últimos tempos, tem que rever seus conceitos.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Dance Para o Rádio (Listas) - Melhores covers

No meu antigo blog, volta e meia eu fazia algumas listas. Como a ideia era boa e bastante gente gostava, resolvi trazer pra cá.

Então... a partir de agora é assim, toda quinta-feira tem uma lista nova aqui no Dance Para o Rádio.

E pra inaugurar essa sessão do blog, começamos com uma coisa no mundo da música que divide muitas opiniões, os covers. 

Algumas pessoas costumam dizer não gostar de covers e/ou versões, porque em muitas das vezes o resultado não sai lá muito bom. 


Mas por outro lado, em determinadas vezes uma banda acerta a mão de tal jeito que consegue tornar a música melhor do que a própria original.

Sendo assim, vamos a alguns dos melhores covers já feitos. Divirtam-se.

01 – Guns N’ Roses – Live and Let Die (Paul McCartney & Wings)
Se existe uma banda que sempre soube fazer bons covers, sem dúvida é o Guns N’ Roses. A música original é de 1973, quando Sir Paul McCartney tocava um projeto chamado Paul McCartney & Wings. Como se a música original já não fosse rápida e empolgante o suficiente, na versão do Guns N’ Roses, gravada para o album Use Your Illusion I (1991), as guitarras de Slash e Izzy Stradlin juntamente com os vocais rasgados de Axl Rose tornaram a canção ainda mais explosiva.

Fazer cover de uma banda tão conceitual e influente como o Smiths não é tarefa das mais fáceis, principalmente quando se trata de uma das canções mais famosas da banda. Em 1998, o Love Spit Love foi chamado para gravar uma versão para esta faixa para fins de ser o tema principal da aclamada série Charmed. O resultado é admirável, pois a banda conseguiu fazer algo ligeiramente diferente do original, mas sem se perder entre uma mudança e outra.

03 – The Beatles – Twist and Shout (The Top Notes)
Algumas pessoas costumam creditar essa música aos Isley Brothers, mas o fato é que essa música tem uma identificação tão forte com os Beatles que faz com que a maioria das pessoas pense que essa música é de autoria deles. Twist and Shout foi a última faixa a ser gravada para o primeiro disco dos Beatles, Please Please Me (1963). Reza a lenda de que John Lennon estava com problemas de garganta no dia e atribui-se a isso o fato de Lennon ter conseguido aplicado uma voz rouca e rasgada nessa faixa.

04 – Johnny Cash – Hurt (Nine Inch Nails)
Ainda há quem acredite que essa música seja mesmo de Johnny Cash, sobretudo pelo fato dele ser um artista com muito mais anos de estrada que o Nine Inch Nails. Mas o que explica essa versão, é que em 2002 (um ano antes de morrer) Cash lançou The Man Comes Around, um disco que mesclava composições próprias e covers improváveis, dentre eles Hurt, cujo vídeo foi premiadíssimo.

05 – Travis – ...Baby One More Time (Britney Spears)
E falando em covers improváveis, a banda escocesa Travis resolveu fazer algo muito fora das possibilidades imagináveis no que se refere a versões: Uma versão de uma música de Britney Spears. E não é que o resultado ficou bom? A banda gravou uma versão acústica e pra lá de lenta em um show em North Yorkshire, Inglaterra.

06 – The Killers – Shadowplay (Joy Division)
Alguns dos fãs mais fervorosos da Joy Division não podem nem ouvir falar nessa versão que o Killers gravou para Shadowplay, original do album Unknown Pleasures (1979). A banda de Las Vegas foi chamada para fazer uma nova versão para que entrasse na trilha sonora do filme Control, que conta justamente a vida (e morte) do lendário vocalista da Joy Division, Ian Curtis. Nessa versão, a banda adicionou batidas eletrônicas e subiu tons, tornando a música bem mais parecida com o som que o New Order (banda fundada pelos membros da Joy Division depois da morte de Ian) faz.

07 – Anberlin – Enjoy the Silence (Depeche Mode)
Embora algumas pessoas possam torcer o nariz pro Anberlin, chamá-los de emo e isso e aquilo, há de se admitir que a banda fez um ótimo trabalho na regravação desse clássico dos anos 90. A faixa foi gravada para um projeto chamado Punk Goes, que converte músicas dos mais variados estilos e décadas para versões de bandas dos dias atuais, que quase nunca são de punk como o título do album sugere.

08 – Amy Winehouse – Monkey Man (The Maytals)
A música original é de 1969, do grupo de reggae The Maytals, mas foi com Amy Winehouse que a música ganhou vida nova. Monkey Man era presença garantida em quase todos os shows da cantora, sobretudo na turnê do disco Back to Black (2006). Inclusive, a faixa, devidamente regravada, entrou nas versões deluxe e Japonesas do album.

A banda de doidões do Oingo Boingo resolveu regravar o clássico I am the Walrus, dos Beatles para o disco Boingo (1994). O resultado foi uma versão cheia de guitarras, mas nem por isso com muito peso. Tudo pareceu ter sido colocado na medida certa e constantemente o cover de I am the Walrus do Oingo Boingo é lembrado em listas de grandes covers de rock.

Fechando a lista, juntam-se os conceitos tanto de cover quanto de versão. E os gaúchos do Nenhum de Nós fizeram isso com competência invejável, dando uma letra em português para Starman, de David Bowie.

Lembrando sempre que listas não são e nunca vão ser unanimidade. Além do que, essa não foi elaborada por nenhuma revista e/ou site especializado em música.

E no mais, se você tiver uma lista sua ou mais sugestões, mande ver nos comentários.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Panic! at the Disco - Vices & Virtues

Lançado em 2011, Vices & Virtues é o primeiro disco do Panic! at the Disco desde a saída do guitarrista e principal compositor Ryan Ross e do baixista Jon Walker, que logo em seguida fundaram o The Young Veins

E tão logo o disco começa e duas coisas saltam aos olhos. Ou ouvidos.

A primeira delas é que o disco soa perfeitamente como deveria ser o sucessor de A Fever You Can’t Sweat Out (2005), não fosse pelas influências que Ryan Ross estava tendo na época das gravações Pretty Odd (2008) e também claro, pela sua mania de grandiosidade e perfeccionismo.


Não que Pretty Odd (2008) seja ruim, muito pelo contrário. É um bom disco, mas é diferente do que as pessoas esperavam e queriam do Panic! at the Disco. Mas em todo caso, esse não é o ponto, pelo menos não hoje.

A segunda coisa é que o que parecia improvável aconteceu. Brendon Urie e Spencer Smith conseguiram fazer um bom disco com as próprias pernas. Ou melhor, com as próprias mãos. Ou seja, sem a (crucial) ajuda de Ross, que notadamente é um bom compositor. Vide pelo album de estreia do The Young Veins, Take a Vacation (2010) – cujo qual pretendo fazer a resenha qualquer dia desses.

Vices & Virtues é em sua maior parte um disco que empolga até mesmo o menor dos entusiastas da banda. Em dados momentos chega a soar como uma ode ao The Killers, também de Las Vegas, inclusive com quem o Panic! chegou a trocar farpas em tempos remotos.

The Ballad of Mona Lisa, que abre os trabalhos e foi o primeiro single de divulgação desse novo disco soa como algumas das faixas de A Fever You Can’t Sweat Out (2005), só que melhor produzida – bem melhor.

Na verdade, há de se ressaltar que o disco até tem seus momentos de Pretty Odd (2008), como na calminha Always, que é toda carregada em um violão dedilhado, além da sessentista Sarah Smiles, que transita sobriamente entre o country e o folk.

Mas por outro lado, predominam os momentos dançantes do disco, e um deles que merece um maior destaque é Let’s Kill Tonight, que tem uma atmosfera absolutamente anos 80, com uma pegada eletrizante e acelerada de powerpop em seus pouco mais de três minutos.

Outro fato a ser levado em consideração, é que Brendon Urie e Spencer Smith gravaram praticamente todos os instrumentos de Vices & Virtues, o que mostra não apenas a evolução dos dois como músicos ao longo dos anos, mas principalmente como Urie é, ou era, um músico subestimado.

E por fim, resta dizer que Vices & Virtues é um disco agradabilíssimo e absolutamente empolgante. Uma nova perspectiva – com o perdão do trocadilho – para o agora duo (e com exclamação) Panic! at the Disco.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Noel Gallagher fará turnê Sulamericana

O guitarrista e ex-líder do OasisNoel Gallagher, começa a deixar escapar uma turnê grande pela América do Sul, que deve atingir a região em final de abril, início de maio. 

Um show na cidade de Bogotá (Colômbia) foi tornado oficial hoje em um comunicado da gravadora Universal

Especula-se que Noel possa fazer até dez shows na América do Sul.

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Só sei de uma coisa: Vou até o Acre pra ver o show do Noel se for preciso.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Oasis deverá abrir os primeiros shows da volta do Stone Roses


Muita calma nessa hora, porque não é exatamente isso que você acabou de ler. 

A verdade é que a lendária banda britânica Stone Roses deve formalizar convites para que Noel Gallagher, que está em turnê de divulgação de seu disco solo, Noel Gallagher`s High Flying Birds (2011); e o Beady Eye – banda composta pelos ex-membros do Oasis, incluindo o vocalista Liam Gallagher – sejam atrações de abertura dos shows de retorno da banda em Manchester no final de junho.


Mas tudo com uma ressalva lógica: Cada banda se apresenta em um dia diferente, uma vez que serão três datas. Visto isso, nada dos irmãos Gallagher dividindo o mesmo palco em um mesmo dia, ainda.

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P.S: Título de matéria sensacionalista, eu sei.

Rita Lee anuncia apostentadoria dos palcos


A cantora Rita Lee anunciou no último sábado (21), que não realizará mais shows. O afastamento foi revelado durante uma apresentação da artista no Rio de Janeiro e, mais tarde, confirmado em sua página no Twitter.

O último show de Rita Lee deve acontecer no próximo sábado (28), em Aracaju. Seu último disco de estúdio foi Balacobaco (2003). Em 2009, a cantora foi submetida a uma cirurgia de hérnia de disco e depois passou por uma mastectomia, retirada preventiva dos seios.

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Na boa? Achei que ela tivesse feito isso em 1998.

Rock Star Supernova - Rock Star Supernova

Imagine só uma banda com membros de algumas das maiores bandas de rock dos anos 80/90. Imaginou? Pois saiba que ela existiu.

Foi o Rock Star Supernova, que foi concebida através de um programa de TV de mesmo nome. O formato era parecido com os consagrados programas de calouros ao redor do mundo, como o American Idol.

Mas havia algumas diferenças pontuais no programa. Uma delas é que o vencedor do reality iria fazer parte de uma banda com os próprios jurados, que eram Tommy Lee (Mötley Crüe), Jason Newsted (Metallica) e Gilby Clarke (Guns N`Roses).

Tendo Lukas Rossi se tornado o vencedor, a banda entrou no estúdio e começou a trabalhar em um álbum de estreia para o supergrupo. E depois de muito trabalho, finalmente foi lançado... Rock Star Supernova. – Sim, um self-titled.

O álbum é recheado de boas composições e faixas que realmente traziam de volta a atmosfera do hard rock dos anos 80 para os dias atuais. As três primeiras faixas já deixam bem claras as influências e o ritmo que a banda quis imprimir nesse disco, com destaque para Be Yourself, que a propósito, foi single.

Que Lukas Rossi é um bom vocalista e sem duvida era o melhor nome a ser escolhido para o projeto, disso não há duvida. As músicas – tirando uma e outra que foram escritas pelo próprio – parecem ter sido feitas para que ele cantasse.

E não há duvida também de que Rossi tinha uma grande e competentíssima banda por trás dele. O peso da bateria de Tommy Lee e do baixo de Jason Newsted casou perfeitamente, como jamais se podia imaginar.

Aliás, o trabalho muitíssimo bem feito pela cozinha da banda só contribuiu para que a guitarra de Gilby Clarke fosse um show a parte. Uma das faixas que melhor ilustra isso é Make No Mistake... This is the Take.

E como não pode deixar de ter em todo bom disco de hard rock, sempre tem que ter as baladinhas, sempre. Em Rock Star Supernova são pelo menos duas, It`s All Love, que soa mais ao estilo de power-ballad e cresce em determinados momentos; e a belíssima Can’t Bring Myself This Light to Fuse, onde fica claríssima a influência do Guns N`Roses de Clarke em seus tempos de Use Your Illusion (1991).

Por outro lado, Underdog e Social Disgrace garantem que o disco também tenha seus momentos de peso, com riffs impactantes, grandes linhas de baixo e boas letras.

Finalizando os trabalhos temos The Dead Parade, que também tem uma levada bem hard rock, mas traz alguns elementos a mais, como um coro de vocais femininos, semelhante ao que o Bon Jovi aplicou em Lay Your Hands on Me (New Jersey, 1988).

Embora o disco tenha sido ignorado pela mídia de modo geral, até alcançou boas vendas em lugares como o Canadá, onde recebeu Platina. Mas independente disso, a banda não durou muito mais tempo e acabou por se dissolver. Clarke e Newsted estão por tocar seus projetos e Lee voltou ao Mötley Crüe.

sábado, 21 de janeiro de 2012

The Who - Tommy

Que o The Who é uma das maiores bandas de todos os tempos, disso não há dúvida. Aliás, há quem defenda veementemente que eles foram em seus tempos de glória a melhor e mais completa banda de rock de todos os tempos.

Mas sobre isso nunca ninguém vai chegar a uma conclusão efetiva. Porém, pode se afirmar sem sombra de dúvida que o The Who definitivamente é uma das quatro ou cinco bandas mais influentes que o mundo já viu.

E se há quem afirme que em My Generation (My Generation, 1965) a banda deu o pontapé inicial no que viria a ser o Punk Rock uma década depois, quatro anos após o lançamento de seu primeiro álbum, a banda concebeu seu disco mais conceitual e poderoso: Tommy.

Você certamente já ouviu o termo Ópera Rock, não? Pois saiba que os pais do gênero são os caras do The Who. Ou melhor, o guitarrista do grupo, Pete Townshend. E foi justamente em Tommy que eles deram início a esse novo conceito dentro do rock n’ roll.

O conceito de Ópera Rock surge da ideia de um album ser todo trabalhado em cima de uma historia específica, onde todas as faixas tenham uma ligação entre si. Nesse disco, a história de Tommy Walker, um jovem que fica cego quando vê seu pai matando o amante de sua mãe através de um espelho e é convencido por ele de que não viu nada.

Aliás, uma das referências ao estado de Tommy, que agora não enxergava mais, é vista na faixa 6, Eyesight to the Blind.

Durante sua infância Tommy sofreu muitos abusos, diversas vezes mencionados nas faixas do disco. Inclusive, o tema gerou muita polêmica na época do lançamento do album.

Depois que Tommy se torna adulto, ele encontra uma máquina de pinball e vira uma espécie de mestre do jogo; daí vem a música Pinball Wizard, um dos maiores clássicos não só da banda mas da história do rock.

A cura para a cegueira de Tommy se dá ao longo das faixas posteriores à Pinball Wizard, como a interlude There’s a Doctor de pouco mais de vinte segundos que conduz o álbum para a próxima faixa, Go to the Mirror, onde o médico coloca Tommy de frente para o espelho e quando este vê seu reflexo acaba por quebrar o objeto, como sugere Smash the Mirror.

Mas deixando o enredo de lado – se é que isso é possível – a qualidade musical de Tommy deve ser descrita como espetacular, nada menos do que isso. Como é de conhecimento de todos que apreciam as grandes bandas de rock, é sabido que o The Who era formado por músicos competentíssimos.

Todos os instrumentos possuem um ponto de destaque, como a insana bateria de Keith Moon, que por incrível que possa parecer, é mais orquestrada e controlada nesse álbum.

O baixo de John Entwistle, com suas linhas hiperativas que funcionavam como o olho do furacão que era o The Who por diversas vezes assume a liderança das músicas de Tommy.

A guitarra de Pete Townshend, carregada de acordes e linhas complexas, também dá sua contribuição no que se refere a riqueza sonora que Tommy possui.

Aliás, que seja ratificado que ao analisarmos o trabalho de Pete Townshend em Tommy, podemos chamá-lo também de maestro, pois ele não se limita apenas a tocar a sua guitarra, mas também outros instrumentos como órgão, sintetizadores e teclados em geral. Além claro, de orquestrar o trabalho todo.

E claro que não podemos deixar de citar o belo trabalho de Roger Daltrey nos vocais. Seu modo singular de cantar fez com que Tommy agregasse uma emoção ainda maior em cada faixa, deixando sua contribuição mais do que notável para que o disco pudesse ser considerado como um dos melhores álbuns de rock de todos os tempos e ser descrito por muitas pessoas como simplesmente espetacular.

The Asteroids Galaxy Tour - Fruit

Você provavelmente já deve ter ouvido eles, mas não lembra. Sabe aquele comercial da Heineken, com uma música legal e onde aparece uma loira cantando no final? Então, são eles, o The Asteroids Galaxy Tour.

A banda é de Copenhague, na Dinamarca; e é formada pela (bela) vocalista Mette Lindberg e pelo produtor Lars Iversen. Ao vivo, são acrescidos outros músicos, para instrumentos como metais, guitarra e bateria.

Em 2009 eles lançaram seu primeiro e único disco até então, o consistente Fruit; que traz consigo alguns momentos de psicodelia e muito acid jazz, mas isso sem deixar de ser pop.

Em certos momentos, o som da banda faz lembrar algo como Amy Winehouse, como em The Sun Ain’t Shining No More. Aliás, eles tiveram uma demo ouvida pela própria e foram chamada por ela para abrir seu show em Copenhague. E que diga-se de passagem, essa foi a primeira apresentação ao vivo da banda.

Outra faixa a ser destacada é Push the Envelope, que é uma das mais rápidas do disco. E é uma das mais experimentais também, por trazer uma levada de blues, mas vir acompanhada de uns efeitos mais eletrônicos.

E chegamos então a The Golden Age. Lembra da referência que foi feita sobre o comercial da Heineken? Então, a música é essa. E definitivamente não há como negar, é a música com o maior potencial pop do disco, nem é preciso explicar muito. Ouça e tire suas próprias conclusões.

E como se não bastasse, a faixa ainda foi usada como trilha sonora em outros lugares como na promo do seriado Mad Men.

O primeiro single do album vem logo em seguida: Around the Bend. Tem quase a mesma levada de Push the Envelope, soando totalmente experimental e com uma levada rápida. E como em toda boa canção pop, não pode faltar o refrão chiclete.

Encerrando o disco, Bad Fever vem carregada por baixo e bateria e só não soa séria porque os vocais doces de Mette Lindberg não deixam.

De resto, no próximo dia 31 está marcado o lançamento do novo trabalho da banda, Out of Frequency. Vamos esperar.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Stereophonics - Language. Sex. Violence. Other?

Lançado em 2005, Language. Sex. Violence. Other? foi o disco que definitivamente elevou o Stereophonics ao status de superbanda de rock. 

Eles até chegaram bem perto disso em outros lançamentos, como no conceitual Just Enough Education to Perform (2001). Mas dessa vez, sem sombra de dúvida os caras acertaram a mão.

Aperte o play e ouça Superman. Ela começa e termina sóbria, com uma levada tranquila. Entre um momento e outro até aparecem umas guitarras mais distorcidas, mas nada exatamente muito pesado. Logo na sequência, vem a primeira grande paulada do disco, Doorman.

Ela é exatamente o que as pessoas procuram nas bandas novas de rock de hoje em dia; e esperam das antigas: Uma pegada rápida, com um baixo bem estourado e uma letra suja.

Em um dos versos Kelly Jones declama: "Suck my banana, suck it with cream". Agora diz se não é de uma finesse sem precedentes? Aos 02:15 vem a cereja em cima do bolo: Um solo de guitarra matador.

Brother já soa mais suingada. Aqui, Kelly Jones canta num tom mais grave e usando uma espécie de efeito na voz. Mas isso só até a música crescer.

Algo a se ressaltar do Stereophonics é que embora eles sempre repitam algumas velhas fórmulas em seus álbuns, o mais legal é que eles sempre conseguem fazer com que não hajam muitos parâmetros de comparação com outras bandas. Qualquer coisa que eles façam, você fatalmente vai acabar dizendo: "É Stereophonics!".

Indo pra próxima faixa, Devil vem na mesma pegada de Superman, um pouco mais lenta talvez. Ela até traz a mesma guitarra distorcida, mas dessa vez vem acompanhada de um piano que faz a marcação nos versos. No refrão ela cresce e ganha mais corpo.

E aqui chegamos naquela parte em que todo mundo enlouquece. Sim, é o grande hit, Dakota. Pode até parecer coisa de poser dizer que essa não é só a melhor música do disco, mas uma das melhores da carreira dos caras, mas é preciso. Kelly Jones acertou a mão como nunca quando escreveu essa.

E como muita gente já sabe, essa é a música de maior sucesso deles. E como se já não fosse o bastante a popularidade que a banda conseguiu com ela, ainda a colocaram como trilha sonora do famoso jogo Pro Evolution Soccer, o que potencializa a fama – pelo menos da música – umas três vezes.

Ouvindo Rewind descobre-se um plágio. Não, o Stereophonics não plagiou ninguém, muito pelo contrário. Eles foram plagiados, de novo. Mas dessa vez pelos caras do Coldplay. Aliás, daqui uns dias os plágios do Coldplay vão virar nota de rodapé de tão frequentes...

O grupo liderado por Chris Martin deu uma bela de uma copiada nessa faixa para poder escrever Lovers In Japan, faixa 5 do Viva La Vida (2008).

Em Pedalpusher eles retomam a pegada britpop dos anos 90, que era marca registrada dos primeiros discos do grupo, ainda mais por eles terem surgido exatamente na época da explosão do britpop.

Girl é a música mais curta do disco. São apenas 2 minutos de uma pequena amostra do verdadeiro rock n' roll inglês que parecia ter morrido no fim dos anos 90. Parecia.

Lolita vinha com a pretensão de ser a Maybe Tomorrow (You Gotta Go There to Come Back, 2003) desse disco. Afinal de contas, todo disco precisa das suas baladinhas pra tocar no rádio. Não é verdade? 

Se bem que na verdade até não, porque isso nem se aplica tanto assim lá na Inglaterra. Seu som pode ser rápido e/ou pesado, mas se for bom, vai tocar no rádio. Esse conceito se aplica mais aqui no Brasil mesmo, onde as bandas precisam das suas versões acústicas pra poder vender. Mas enfim, isso não vem ao caso agora.

Por fim, Deadhead é a última faixa que apresenta uma pegada mais ou menos roqueira do disco; pois Feel, que fecha o album, é bem suave e só vai crescer lá no final. Aliás, é importante ressaltar que a música termina sob um ar de despedida.

Uma curiosiadade sobre Language. Sex. Violence. Other? é que esse é o primeiro disco gravado com o então novo baterista, o argentino Javier Weyler, que já havia trabalhado em alguns projetos solo de Kelly Jones e também no próprio Stereophonics, tendo sido engenheiro e programador de som no disco anterior da banda, You Gotta Go There to Come Back (2003).

Visto tudo isso, caso tenha se interessado, baixe. Ou até mesmo compre, pois é altamente recomendável.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Keane - Hopes and Fears

Lançado em 2004, Hopes and Fears é o disco de estreia dos britânicos do Keane. Ao longo de seus quarenta e cinco minutos, o álbum soa como uma dose cavalar de angústia e sofrimento, com suas faixas sempre carregadas ao som de um piano solene.

Algo fundamental a se saber caso você não conheça ou não seja o maior fã do Keane é que eles definitivamente não são os maiores entusiastas daquele famoso instrumento chamado guitarra. 

Além do já mencionado piano, as músicas são sempre acompanhadas de um baixo e uma bateria. De vez em quando até entra um sintetizador, mas nada exagerado.

As duas primeiras faixas são para estragar o trabalho de qualquer terapeuta. O manjado hit Somewhere Only We Know e a rapidinha Bend and Break já mostram que a banda apareceu pra mostrar serviço.

Outro ponto positivo de Hopes and Fears, é que o disco tem muitas músicas com grande potencial para hit, além das que foram escolhidas como single. Bons exemplos disso são Your Eyes Open e a intrigante Can’t Stop Now.

O Keane mostra também que apesar de não fazer grandes variações em seu som, seu leque de influências é bem grande e diversificado; indo desde clássicos como o Queen, passando por coisas oitentistas como Depeche Mode e A-Ha e finalmente chegando à década de 90 – onde eles formaram a banda – com coisas como Oasis, Radiohead e principalmente o The Verve.

Aliás, a influência do som dos anos 80 está bastante presente em Everybody’s Changing, que é um dos singles do álbum e um dos maiores hits da banda ao longo da carreira. Musicalmente falando, ela não chega a desentoar das demais faixas. Mas, sem uma tentativa de explicação óbvia, a impressão que se tem é que ela possui um algo a mais, um diferencial que a faz se sobressair e deixar evidente essa veia oitentista.

O conceito aplicado em Hopes and Fears é a sugestão de que o disco passe ao ouvinte medo e esperança ao mesmo tempo. Ou seja, esse álbum tem uma enorme capacidade de fazer trabalhar a cabeça e apertar o coração ao mesmo passo como há tempos não se via. Faixas como This is the Last Time nos levam a atmosfera de uma vida cinzenta e chuvosa.

No que se refere às comparações, é valido dizer que das bandas inglesas da nova geração, o Keane faz mais o estilo do Muse – mas voltando um pouco mais no tempo, seria inevitável não citar o Coldplay.

O uso quase exaustivo do piano e o culto a depressão fazem também com que o Keane mantenha uma distância saudável de bandas mais alegres como o Kaiser Chiefs e o Franz Ferdinand.

É bem verdade também que o Keane não mostra nada exatamente revolucionário ou inovador em seu som, seja nesse disco de estreia ou até mesmo em seus discos posteriores: Under the Iron Sea (2006) e o conflituoso Perfect Symmetry (2008). Mas ainda assim, é uma banda que consegue instigar o individuo a querer ouvi-la, pois acima de tudo fazem um som honesto, profundo e que tem muito a dizer.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Saindo em defesa do Pe Lanza

Você pode até não gostar do Restart, assim como eu não gosto. Pode também achar que eles são uma modinha passageira, que daqui dez anos ninguém mais vai se lembrar deles, assim como eu acho.

Mas em uma coisa todos devemos concordar: Se o artista está em cima do palco fazendo seu trabalho, ele tem que ser respeitado, independente da circunstância.

O que fizeram com o vocalista do Restart no último fim de semana foi uma maldade sem tamanho. Se você não está interado do assunto, clique aqui para ver o vídeo.

Aliás, o que vem fazendo com eles há algum tempo, pois toda vez que eles são premiados, sempre tem um pessoal pronto pra vaiar. E o mais controverso, é que em muitas dessas premiações eles foram escolhidos através do voto popular, o que teoricamente os fazem merecedores do tal prêmio.

Mas quanto às vaias, elas agridem apenas o ego de quem está sendo vaiado – e que mesmo assim ainda está saindo vencedor com um troféu embaixo do braço. Mas isso não importa. O que importa nesse caso, é o episódio da pedrada, que é deveras preocupante.

Primeiro por se tratar de uma agressão física, o que deve ser encarado como algo gravíssimo. Segundo, pelo fato de notadamente perceber-se que a segurança do local não era adequada, pois nesse caso avistamos duas possibilidades: Ou esse rapaz entrou com a pedra no recinto, ou o que é pior, teve fácil acesso a ela na pista do show.

E só para frisar: O rapaz que jogou a pedra não merece outro adjetivo se não o de covarde. Primeiro porque acertar alguém de longe é fácil, não? Depois, o frontman do Restart chamou o cara pro combate, dizendo que era só ele chegar ali no backstage e os dois trocavam uma ideia (sem piada, o texto é sério).

Se Pe Lanza ia chegar às vias de fato com o rapaz da pedra ou se ele estaria acompanhado por uma dúzia de seguranças, isso já é outra história.

Mas o fato é que se você vai ao show de alguém, por mais que você não goste; o mínimo que você deve fazer é respeitar. Mas isso também levanta outra questão: Se você não gosta de um determinado artista, vai fazer o que no show dele? Vai para avacalhar? Jogar pedra? Isso é coisa de gente covarde e sem cultura. E muito pior, sem educação.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Blur - Think Tank

O ano era 2003 e Graham Coxon havia acabado de abandonar o Blur. A incerteza se a banda iria continuar era grande, mas ainda assim, em meio a todas essas situações adversas, o que restou do grupo resolveu lançar Think Tank.

Aliás, mesmo com a volta da banda em 2009, Think Tank segue sendo o último disco totalmente de inéditas deles.

A falta de Coxon é sentida a partir do primeiro acorde. Por mais que em vários momentos de Think Tank o Blur tentasse resgatar velhas fórmulas presentes nos primeiros discos da banda, a saída do guitarrista deixou um grande buraco na sonoridade do grupo.

E que o Blur sempre foi uma banda que gostou de experimentar em seus discos, isso é fato. Mas em Think Tank isso foi levado ainda mais adiante. Em algumas faixas, fica a impressão de que Damon Albarn resolveu trazer algumas coisas que estava escrevendo para o Gorillaz e fazer uma colagem com outras que ele já tinha escrito para esse novo álbum.

Aliás, Think Tank é uma expressão inglesa, que traduzida vira algo como “catalisador de ideias”. E é justamente isso que o álbum é. Ou pretendia ser.

Out of Time provavelmente é a faixa que mais sintetiza todos esses conceitos atribuídos ao álbum, ou a pelo menos à parte experimental dele. Seria perfeitamente possível dizer que ela é uma das coisas que sobrou do primeiro disco do Gorillaz, salvo algumas alterações em estúdio.

É válido dizer que na época das gravações de Think Tank Damon Albarn andou escutando uns sons africanos. Do norte do continente pra ser mais preciso. Tanto isso é verdade que Think Tank teve suas gravações finalizadas e devidamente mixadas no Marrocos. O resultado disso é Moroccan Peoples Revolutionary Bowls Club e os primeiros segundos da curtíssima We’ve Got a File on You, que quando começa de fato, soa como o Blur de Modern Life is Rubbish (1993), ainda que no meio da música, ela volte a ter elementos de música marroquina.

Sobre esses novos experimentos, Albarn defende Think Tank com a seguinte afirmação:
“Por mais que o Blur traga elementos diferentes em seu som, é sempre Blur; é assim que sempre vai ser. Não há surpresa.”
E ainda afirmava que a real intenção do disco era tentar encontrar uma nova definição para o que era o amor em meio ao caos dos tempos modernos; que Think Tank era um disco repleto de canções de amor politizadas.

Mas por outro lado, ainda havia aqueles momentos em que o Blur tentava salvar seus sons antigos e implementá-los nesse novo trabalho. Nesse sentido, Crazy Beat aparecia com a expectativa de ser um grande hit e candidata a nova Song 2 (Blur, 1997) no coração dos fãs. Até foi hit, mas do disco  e foi aí que parou. Nos aspectos musicais, ela soa como uma mistura de Chinese Bombs (Blur, 1997) e Bank Holiday (Parklife, 1994).

Algo importante a se lembrar é que Graham Coxon até teve sua parcela de participação em Think Tank e foi justamente na última faixa, a eletrônica Battery in Your Leg.

De resto, Think Tank é vazio e fraco, principalmente se comparado aos trabalhos anteriores da banda, que vinha mantendo uma regularidade de álbuns espetaculares desde Parklife (1994)  e isso inclui o contestado The Great Escape (1995).

sábado, 14 de janeiro de 2012

Mötley Crüe - Saints of Los Angeles

Saints of Los Angeles sem dúvida foi o disco que resgatou a sonoridade hard rock que o Mötley Crüe veio perdendo ao longo dos anos. 

A temática do álbum é bem clara: A sedutora cidade de Los Angeles. E isso fica bem claro logo na faixa de introdução, L.A.M.F. (Like a Motherfucker), que diz o seguinte:
“Slithering towards the dream, all infected with the same disease, Awaiting your flesh to be cloaked in silver. As the fatrats grovel, ready to steal your innocence and exploit your soul. Some will hit their knees in a rancid act of desparation while others search for a hopeless god to save them. For every hour, there will be 100,000 fallen, drowning in a cesspool of awareness that they have failed. This city full of plastic angels will seduce you. Welcome to Los Angeles…”
O que isso quer dizer? Simples. Los Angeles, como já dizia aquela outra música daquela outra banda; é uma selva. Ou você luta pela sua própria sobrevivência, ou você morre.

Embora algumas pessoas insistam em classificar Saints of Los Angeles como metal, ou algo bem próximo disso, a verdade é que o album é bastante farofa, exatamente como a banda costumava fazer nos seus tempos áureos.

As letras fazem parecer que os caras do Mötley Crüe ainda tem vinte e poucos anos. A julgar pelo conteúdo delas, a impressão é de que eles ainda vivem em 1987. Ou seja, se você espera maturidade nesse disco, não vai encontrar. Pelo menos não nas letras.

Mas por outro lado, a parte instrumental é algo a se ressaltar. Saints of Los Angeles é carregado de riffs fortes e impactantes. Aliás, mais do que isso, é importante destacar que mesmo que seja um disco gravado nos dias de hoje, a banda conseguiu imprimir uma sonoridade bem próxima do hard rock que era feito nos anos 80, não só por eles, mas por outras bandas como o Poison e até mesmo umas coisas mais antigas do Bon Jovi.

Bons exemplos disso são What’s It Gonna Take e Down to the Whisky. A primeira é mais forte, rápida. Já a segunda começa rápida, mas perde em velocidade e traz um pré-refrão mais meloso, bem farofa mesmo.

Saints of Los Angeles, que dá nome ao disco, é outra das faixas a serem analisadas com uma atenção um pouco mais apurada. Notadamente ela desentoa do resto das músicas do album pelo seu começo, que é mais sombrio, marcado por um baixo gravíssimo. Inclusive, a faixa chegou a ser indicada ao Grammy por Melhor Performance de Hard Rock, mas acabou perdendo.

Há também de se aplaudir o trabalho de Nikki Sixx nesse disco. As linhas de baixo, embora não sejam difíceis de serem reproduzidas, são bastante agradáveis de se ouvir. Além do método de gravação, que fez com que os graves ficassem uma coisa muito mais física do que sonora.

Outro fator a ser destacado: A produção do album ficou ao encargo de DJ Ashba (guitarrista do Guns N’ Roses). Inclusive o disco foi gravado no Ashbaland Studios. O guitarrista também é co-autor de todas as faixas.

A notar a qualidade sonora do disco num contexto geral, deve-se admitir que DJ Ashba fez um grande trabalho. Juntamente com o Mötley Crüe, Ashba soube encaixar os elementos no tempo certo e misturar as verves oitentistas da banda com algumas modernidades dos dias atuais. Prova disso é a adição de alguns elementos eletrônicos em Motherfucker of the Year.

Comentário pessoal: Chicks = Trouble é a melhor faixa do álbum. Não chega a ser um daqueles hard rocks agressivos, até mesmo porque, voz de Vince Neil não deixa com que isso aconteça; mas ainda sim é uma grande música. O modo como as guitarras trabalham aqui é algo bem interessante de se ouvir.

No que se refere às informações: Saints of Los Angeles é o primeiro disco da banda a ser gravado com a formação original desde 1996. E mais do que isso, comercialmente falando, é disco o mais bem sucedido da banda desde o clássico Dr. Feelgood de 1989. 

Visto todos esses atributos e até uma nomeação para o Grammy, fica fácil dizer que Saints of Los Angeles é um grande disco e que resgata o rock não apenas do Mötley Crüe, mas de uma forma geral.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Hurricane #1 - Hurricane #1

O Hurricane #1 se formou em 1996, em Oxford e tinha sua formação com Andy Bell (que havia recentemente saído do Ride) nas guitarras, Alex Lowe nos vocais, Gareth Farmer na bateria e Will Pepper no baixo.

Ainda em 96, Andy começou a trabalhar em novas composições e estava fazendo uns shows solo com as antigas canções do Ride, mas tinha a pretensão de montar uma nova banda. Então, gravou umas demos e levou-as para a Creation Records.

A gravadora até se mostrou bastante empolgada com o material, mas sugeriu que Bell procurasse por outro vocalista; e foi aí que Lowe entrou no negócio.

Em 1997, a banda finalmente lançou seu primeiro disco, também intitulado de Hurricane #1. Inicialmente o disco foi um sucesso tanto de crítica quanto de público, tendo inclusive alcançado um honroso 11º lugar nas paradas britânicas.

Ao ouvir o disco, justifica-se esse sucesso. Abrindo os trabalhos temos Just Another Illusion, que logo de cara traz uma típica amostra do que era o rock n’ roll inglês nos anos 90: Guitarras grudentas e distorcidas, muitas vezes acompanhadas de teclados bem marcados.

O álbum segue a risca a fórmula do britpop, ou de pelo menos de parte das bandas desse movimento. A ideia é mesclar momentos de rock n’ roll, quebrando o clima rápido em alguns momentos com baladas épicas, quase sempre apoiadas em instrumentos de corda, tais como violinos e violoncelos.

O grande hit do disco foi sem duvida Step Into My World, que dos três singles do disco, foi o que conseguiu ir mais longe, chegando ao 19º lugar das paradas do Reino Unido. Mais uma vez, é perfeitamente explicável o êxito: Guitarras grudentas e um refrão pegajoso. Na Inglaterra da segunda metade dos anos 90, isso era garantia de sucesso.

Há de se arriscar a dizer que o disco não tem simplesmente grandes momentos, mas sim épicos. Let Go of the Dream e a progressiva Stand in Line sintetizam bem esse conceito. Aliás, a respeito da segunda, deve-se destacar o fato dela ter quase 9 minutos de duração e um solo de guitarra bastante... psicodélico se assim podemos dizer.

Sobre a explicação de como o disco funciona, transitando entre baladas e faixas mais pegadas, Lucky Man consegue variar dentro desse conceito ao longo de seus pouco mais de cinco minutos.

Por fim, deve se dizer que o Hurricane #1 tinha tudo pra ser uma das grandes bandas britânicas dos últimos 15 ou 20 anos, mas não foi. E eles terem falhado nem se deve ao fato de o segundo disco não ter sido tão bom quanto o primeiro, mas pelo fato da banda ter concorrentes realmente fortes na época, tais como Oasis, Radiohead, Blur, The Verve e até mesmo os então principiantes Stereophonics.

A título de informação, pouco depois do lançamento de Only Strongest Will Survive em 1999, a banda se dissolveu. Alex Lowe foi tocar seus projetos solo e Andy Bell se juntou ao Oasis para tocar baixo na turnê de Standing on the Shoulder of Giants (2000) e lá permaneceu até o fim da banda com a saída de Noel Gallagher, em 2008.

Logo em seguida, montou juntamente com os outros ex-membros da banda o Beady Eye, onde voltou a tocar guitarra.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Então você assiste o BBB?

A frase que intitula este post é de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, que foi diretor geral da TV Globo entre os anos de 1967 e 1998. 

Seria desnecessário explicar o que aconteceu no último fim de semana no programa Altas Horas de Serginho Groismann, onde Boni e Pedro Bial (apresentador do reality) estavam presentes.

Mas se em todo caso você ainda não entendeu qual é a da situação; clique aqui para ver o vídeo onde o Midas da TV Globo alfineta o programa que o próprio filho dirige.

Que o programa é assistido por pessoas que possuem gosto duvidoso, isso é verdade. Que a qualidade e o conteúdo do programa são questionáveis, isso é verdade também.

Mas o que mais intriga, é que a cada nova edição do Big Brother Brasil, a internet se divide entre pessoas que falam mal do programa, que afirmam não assistir e que clamam por uma “limpeza” nas redes sociais e aquelas que morrem pelo programa e que não perdem uma oportunidade de fazer qualquer tipo de comentário sobre este.

O que deve ser explicado, e compreendido pelas pessoas que criticam, é que com a interação cada vez maior entre a televisão e a internet, fica praticamente impossível evitar ler comentários sobre o programa.

Tendo isso em vista, poupe seu tempo e paciência e esqueça todos aqueles posters pseudointelectuais de protesto no Facebook, esqueça as ameaças de unfollow em quem comentar o programa no Twitter. Além do que, saiba que você não é tão intelectual assim. Se fosse, tomaria a sensata e óbvia decisão de desligar a TV e o computador e ir ouvir os discos do Caetano Veloso.

E antes que eu seja questionado sobre o que eu assisto ou deixo de assistir na televisão, a resposta pra sua pergunta é não. Eu não assisto o Big Brother Brasil, porque é um programa que não me interessa de modo algum, o formato já é óbvio, pois também pudera, está no ar há uma década. 

E eu me atrevo a dizer também que o programa não me interessa, também pelo fato de ser apresentado por um cara estúpido. E dirigido por outro mais ainda. Mas são estúpidos ricos, milionários o Boninho anda de Ferrari, inclusive mas isso não vem ao caso.

Aliás, esqueça o último comentário. Mudei de ideia. Eles não são estúpidos, pois a cada edição do programa acumulam mais dinheiro. Não há nenhuma estupidez nisso. Estúpido é quem assiste, quem coloca o cérebro em stand by na hora em que o programa começa. Mas convenhamos, isso também não vem ao caso. Isso definitivamente não é da minha conta. E nem da sua, Sr. intelectual de Facebook.

Se a pessoa quer assistir e entupir a internet de comentários sobre o programa, problema dela. A menos que você pague a conta de internet dela, o que provavelmente não é o caso.

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