segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

The Verve - Urban Hymns

Quando o movimento britpop começou a tomar forma, lá pelos idos de 1994 com os lançamentos de Parklife pelo Blur e Definitely Maybe pelo Oasis, o The Verve completava um ano do lançamento de seu début album, A Storm in Heaven, que foi considerado fraco pela crítica, pelos fãs e até mesmo pela própria banda.

Já em 1995, o grupo liderado por Richard Ashcroft fez um disco melhor, tanto em termos de produção, quanto musicalmente falando. A Nothern Soul se apoiava em boas músicas como This is Music e History.

Mas em todo caso, ainda assim os rapazes de Wigan não eram páreo para o Blur de Damon Albarn, que havia lançado The Great Escape ou para o Oasis dos irmãos Gallagher, que lançara sua obra prima: What’s the Story (Morning Glory?).

Mas em 1997 a coisa mudou de figura, pois por mais que o Blur tenha lançado seu disco mais bem sucedido, definitivamente esse foi o ano do The Verve, que lançou um dos discos mais espetaculares da história do rock britânico e quem sabe até,do rock mundial.

Urban Hymns é um disco todo orquestrado, com arranjos monumentais, onde fica a impressão de que cada movimento, cada passo que o disco dá, é minimamente calculado, pensado, articulado.

A épica Bittersweet Symphony abre o disco, e não é por acaso. É ela quem dita o ritmo que o album deve seguir ao longo de suas treze faixas, tendo em vista que na sequência vem outra faixa grandiosa, a belíssima Sonnet.

The Rolling People se encarrega de tomar pra si o momento mais rock n’ roll do disco, transitando entre algumas das influências do The Verve, tal como os Stones e o The Who.

No mais, não só The Drugs Don’t Work – que é de longe uma das coisas mais corta-pulso que já foram escritas – bem como a sequência do disco que caminha por um mesmo estilo, salvo por Catching the Butterfly e Neon Wilderness que soam mais experimentais, progressivas e até mesmo psicodélicas.

This Time soa absolutamente como uma faixa perdida do Stone Roses, com batida e guitarras mais swingadas. Mas fora isso, como já foi mencionado, o disco segue um padrão de músicas bem arranjadas, com destaque para Lucky Man.

É importante que se ressalte que uma das grandes qualidades, ou talvez a maior delas, é que Urban Hymns acumula momentos espetaculares do começo ao fim, tornando-o assim um disco completo, sem buracos ou falhas.

E mais ao fim, o álbum ainda conta com a participação de Liam Gallagher em Come On, que nos créditos consta com a duração de nada menos do que quinze minutos, mas a verdade é que ela acaba aos 06:30 e aos 13:00 entram uns “barulhos” aleatórios.

No mais, para que se tenha ideia da grandeza desse album; numa escala de 0 a 10, Urban Hymns levaria um 11.

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