quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Stone Temple Pilots - Core

Pra princípio de conversa, definitivamente o Stone Temple Pilots é a melhor das bandas do movimento grunge, que estourou no início da década de 90; e não há quem me convença do contrário.

Pois bem, o grupo que conta com Scott Weiland nos vocais, os irmãos Robert e Dean DeLeo, baixo e guitarra respectivamente e Eric Kretz na bateria se formou em 1988, mas só em 1992 lançou seu primeiro disco, Core, que curiosamente foi o de maior êxito em sua carreira.

A faixa que abre o disco é Dead & Bloated, que logo de cara já dita o ritmo de todo o disco, ou pelo menos da maior parte dele, com aquela levada grunge, com guitarras que em seus acordes, flertam entre o grave e o agudo, entre o peso e o sofrimento, acompanhadas do baixo intimista e sombrio.

Adiante, Sex Type Thing é sem sombra de dúvida um dos grandes hits não só do Stone Temple Pilots ou do movimento grunge, mas sim dos anos 90 de modo geral. A música já foi trilha sonora de videogame e era presença garantida também no setlist do Velvet Revolver, banda que Scott Weiland veio a formar com os ex-Guns N' Roses Slash, Duff McKagan e Matt Sorum tempos mais tarde.

Wicked Garden tem quase a mesma levada de Dead & Bloated. Aliás, nem é preciso ter um ouvido tão bom pra perceber que os Pilots abusam de um determinado efeito de guitarra, sobretudo nos versos. É um efeito que ecoa longe e nos faz ter certeza de uma coisa: É Stone Temple Pilots.

Por outro lado, uma faixa que merece uma ressalva é Naked Sunday, que provavelmente é a que mais desentoa do tom que o primeiro trabalho dos Pilots imprime. É uma música mais rápida, fazendo lembrar algo como o Faith No More.

E eis que chegamos a uma das melhores faixas do disco: Creep, que também desentoa daquele estilo sombrio do grunge que funciona tão bem com o Alice In Chains. Nesse caso, ela parte para outra vertente do estilo, a da balada sofrida, que tantas vezes já deu certo com o Pearl Jam.

Em Piece of Pie, mais do mesmo, pois a banda volta ao seu estado normal. Já Plush tem basicamente a mesma fórmula de Creep, só que com um pouco mais de peso e velocidade, sobretudo nas pontes da música. No mais, é um dos grandes hits não só do disco como da banda ao longo da sua carreira. Seria chover no molhado dizer quão boa ela é.

Wet My Bed, assim como My Memory [faixa 4], é uma interlude levadas ao violão. Nada que dure mais do que um minuto e meio.

E por alguma razão, a melhor faixa do disco é a penúltima, faixa essa que abriu e ainda abre a maioria dos shows da banda, sobretudo o aclamado MTV Unplugged da banda, que foi lançado em 1993. Depois de todas essas dicas, não é difícil saber que se trata de Crackerman; uma das mais rápidas e nervosas do disco. A letra em si fala basicamente sobre drogas, uma vez que nos Estados Unidos, Crackerman é um eufemismo para a heroína.

Pra finalizar o disco, Where the River Goes, que segue absolutamente à risca a fórmula do disco, que não é preciso ser lembrada novamente. Uma curiosidade, é que essa é a faixa mais longa do álbum, com quase nove minutos de duração. 

Ademais, no que se refere ao apanhado geral da obra, Core é um album é altamente recomendável, sobretudo pra quem gosta de rock alternativo com certo peso.

Um comentário:

  1. Gostei do blog!
    Desejo um feliz ano novo pra vc
    bjos
    http://joycebc.blogspot.com/

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