terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Radiohead - The Bends

Se tem um ano que pode ser considerado de ouro na Inglaterra, esse ano definitivamente é 1995. Algumas bandas lançaram os seus discos divisores de águas nesse ano, suas obras primas, seus trabalhos conceituais.

Partindo do fim para o começo: Em Outubro o Oasis lançava seu Morning Glory recheado de hits. Um mês antes, quem lançou disco foi o Blur, com seu The Great Escape. Aliás, como todos sabem, esses dois discos foram o centro da batalha do Britpop

Correndo por fora, o The Verve, que alcançaria o sucesso absoluto dois anos mais tarde com Urban Hymns apoiado pela épica Bittersweet Symphony, lançou A Nothern Soul, trazendo hits como This is Music e a bela History.

Em Maio, no lado mais divertido do Britpop, o Supergrass lançou I Should Coco, que os consagrou com o sucesso Alright, que virou inclusive trilha de filme e tudo mais.

E começando essa onda de grandes discos, no dia 13 de Março o Radiohead lançava seu segundo disco, que é considerado um dos melhores, ou até mesmo o melhor da carreira do grupo: The Bends, que trazia hits como High and DryFake Plastic TreesMy Iron LungStreet Spirit, além da excelente Just.

Seria chover no molhado dizer que The Bends é um disco conceitual, daqueles que se você diz que gosta de boa música, não tem como não gostar desse album.

Além dos singles já citados, o disco é recheado de grandes faixas, embora não sejam exatamente superproduzidas, tais como Bones e a própria The Bends que dá nome ao album.

Aliás, que sirva de ressalva que o disco é uma ótima amostra pra quem diz que o Radiohead nunca teve guitarra. Nos discos mais recentes, pode até ser que o uso dela tenha sido meio que deixado de lado, mas em The Bends, foi feito uso da guitarra; e com primor.

Outra música que merece um olhar mais apurado é Black Star, que embora sua qualidade não tenha sido reconhecida o suficiente pra que ela fosse single, é uma faixa que soa como uma daquelas canções épicas do rock n' roll inglês, com um refrão de fácil associação e guitarras bem grudentas.

Músicas como Fake Plastic Trees e Bullet Proof dispensam apresentações e a história da banda fala por elas. Já High and Dry é o que o Coldplay vem tentando fazer desde o seu primeiro disco, mas falha miseravelmente, embora tenha conseguido fazer bons discos.

Pode parecer um pouco óbvio dizer isso, mas é preciso um pouco de calma pra ouvir Radiohead. Até mesmo porque, é uma banda que precisa ser compreendida, e dificilmente você vai entendê-los só ouvindo Creep (Pablo Honey, 1993).

Além do que, existem outras bandas que conseguiram bastante popularidade e nem sequer existiriam se Thom Yorke não tivesse feito seu trabalho. Quer outros exemplos além do Coldplay? Keane e Muse. E se são boas bandas, a influência não pode ser ruim.

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