segunda-feira, 28 de novembro de 2011

The Pretty Reckless - Light Me Up

A julgar pela idade da vocalista e pela idade e comportamento de alguns fãs da banda, em sua maioria meninas, pode-se pensar que o The Pretty Reckless é só mais uma das milhares de porcarias que a indústria fonográfica tenta nos fazer engolir dia após dia.

Também pode-se considerar que pelo fato de Taylor Momsen ter atuado em Gossip Girl, é perfeitamente compreensível que se pense: 

“Ah, é só mais uma patricinha querendo posar de porra-louca, fingindo que faz rock pra um bando de patricinhas que fingem que são revoltadas com a vida”.

Talvez até haja um fundo de verdade nisso, mas não em Taylor Momsen. Ela até parece ser bastante honesta no que se pretende. O fundo de verdade talvez esteja em algumas fãs da banda, que de fato são patricinhas babacas que adoram posar de revoltadas com a vida, mas a principal questão não é essa.

Como já foi dito, além da vocalista, a banda de modo geral passa uma imagem honesta de si, de que não é um produto moldado por alguém e forçado a estar ali fingindo ser algo que não é.

Feita a defesa da banda, vamos aos aspectos musicais de Light Me Up, o primeiro (e único até então) disco de estúdio do The Pretty Reckless; tendo em vista claro, que EPs não podem ser considerados como álbuns.

Lançado em 2010, Light Me Up traz uma sonoridade pesada, que abusa de guitarras distorcidas, baterias implacáveis e baixos destruidores. Sem contar claro o vocal poderosíssimo de Taylor Momsen, que dispensa comentários.

Faixas como My Medicine, Since You’re Gone (melhor exemplo de baixo destruidor) e o próprio single Make Me Wanna Die, que aparece na trilha sonora de Kick Ass e também foi usada como abertura do desfile da Victoria’s Secret dão o tom ao disco.

O mais incrível de Light Me Up, é que não dá pra dizer que existe uma “sequência matadora”, pois o disco tem pancada atrás de pancada, até chegar ao fim, exceto por You e Nothing Left to Lose. Mas mesmo assim, as músicas que se tornaram singles, como a própria Make Me Wanna Die e Miss Nothing, são pesadas, músicas de rock. É como se a banda desse um recado às rádios e às emissoras de TV especializadas em música:

“Esse é o nosso som. Nós somos assim, se vocês colocarem nossa música pra tocar... ótimo. Se não, fodam-se vocês!”

Just Tonight também foi single, e há quem diga que é a música mais bem sucedida do álbum. Até tem um apelo mais pop, mas ainda sim cresce no refrão e torna-se digna de respeito.

No mais, o disco não tem momentos dispensáveis. Aliás, só cai em um único clichê. A música que fecha o disco, You; é a única lenta (mas não virou single, felizmente). É toda carregadinha ao violão. E qual é o clichê? De que discos têm de ser finalizados de maneira sóbria, tranquila e serena. Mas isso não tira o bom trabalho feito pela banda em seu disco de estreia. A dúvida agora é saber se eles conseguirão fazer um segundo disco tão bom quanto o primeiro.

Aliás, que seja ratificado: Light Me Up é poderoso, destruidor, raivoso e violento; e Taylor Momsen, mesmo no alto de seus 18 anos, faz Courtney Love e a forçadíssima Pink parecerem meras principiantes.

Um comentário:

Seguidores

Quem faz o Dance Para o Rádio