sábado, 19 de novembro de 2011

Kaiser Chiefs - The Future is Medieval

Um dos lançamentos que mais chamou a atenção nesse ano de 2011 sem duvida foi o The Future is Medieval, novo álbum dos Kaiser Chiefs.

Primeiro pela ideia de como lançar, que foi sem duvida uma das ideias mais geniais pensadas desde o lançamento de In Rainbows pelo Radiohead, onde você escolhia o quanto queria pagar pelo download do disco.

No caso do Kaiser Chiefs, a coisa vai ainda mais além. A banda disponibilizou nada menos do que vinte faixas para download, pago.

Então, você podia simplesmente juntar as treze melhores, montar uma capa com alguns elementos disponíveis no site e voilà, estava pronta a sua versão de The Future is Medieval.

Acabou? Não. Cada vez que a sua versão do disco fosse vendida no site, você ganhava 1 euro. Tá bom ou quer mais?

No que diz respeito à música, mais uma vez os Kaiser Chiefs acertaram a mão. É bem verdade que alguns aspectos devem ser destacados. Um deles, é que o ritmo frenético que a banda imprimia em seus primeiros discos foi parcialmente deixado de lado.

Como em Coming Up For Air, que os instrumentos fundamentais da faixa são um piano e um baixo que ao invés de acompanhar as guitarras, trabalha junto com o bumbo da bateria, coisa que não se viu Employment (2005), por exemplo.

Adereços eletrônicos sempre foram visíveis no som dos Chiefs, mas em The Future is Medieval mais do que nunca. Talvez em Off With Their Heads (2008) já poderia se ter um pressentimento de que os sintetizadores seriam usados até dizer chega no próximo trabalho da banda.

Mas nem por isso a banda deixou suas origens. Ainda que em ritmo desacelerado, Child of the Jago soa como uma versão 2.0 de I Predict a Riot (Employment, 2005). E em Problem Solved a banda aparece com a mesma energia de sempre, com guitarras grudentas, uma bateria rápida e um baixo implacável.

O primeiro single do disco é Little Shocks, e sem duvida, não poderia ter tido escolha melhor. A música tem velhas formulas dos Chiefs, mas definitivamente, a banda não fazia um refrão tão bom e grudento desde Ruby (The Angry Mob, 2007).

Deste modo, em tempos em que Killers, Arctic Monkeys e Strokes se perdem em discos irregulares, o Kaiser Chiefs parece querer assumir o posto de principal referência nessa leva de bandas indies; e se continuar assim, conseguirá.

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