sábado, 19 de novembro de 2011

Coldplay - Mylo Xyloto

Era óbvio que o novo disco do Coldplay seria assunto no mundo da música em 2011, primeiro porque as pessoas queriam saber se sairia um disco tão bom quanto o conceitualíssimo Viva La Vida, de 2008. Não saiu.

As comparações de Mylo Xyloto com o album anterior são inevitáveis; e quanto a isso temos explicações bem simples. Primeira delas: Mais uma vez o Coldplay quis fazer um disco com um forte apelo pop, pra cada vez mais tirar aquela imagem dos primeiros discos, que só tinha piano, bateria, baixo e uma guitarra que não faria diferença se não estivesse ali.

Na verdade, o disco até começa forte, com Hurts Like Heaven e Paradise. Adiante, Charlie Brown também é animada. Bom, devemos lembrar que animação aqui é uma questão de contexto, e o contexto em questão é o Coldplay, logo, não dá pra se esperar algo que vá sair do disco direto para as pistas de dança.

Em todo caso, o grande problema de Mylo Xyloto é o que as pessoas costumam chamar de "efeito Guaraná Antárctica", que é quando uma coisa chega na metade e acaba o gás. Em Us Against the World é dito e feito. Baladinha carregada ao violão e o Chris Martin cantando com voz de quem acabou de acordar.

E chegamos então à grande polêmica do disco: Every Teardrop is a Waterfall. Lembram de quando o Coldplay foi acusado de plágio pelo Joe Satriani por Viva La Vida? No disco de mesmo nome até tem um outro plágio. Em Lovers In Japan, Chris Martin "bebeu na fonte" do Stereophonics, mas isso é assunto pra outro dia.

Pois bem, voltando à Every Teardrop is a Waterfall, o Coldplay foi acusado não uma, mas duas vezes de plágio, pela mesma música. Primeiro pelo pessoal do Mystic, por Ritmo de La Noche. Segundo os caras da banda, os teclados e a bateria seriam parecidos. Porém, o buraco é mais embaixo, bem mais. A faixa teria a melodia fundamentada em outra música, I Go to Rio, do Peter Allen.

Mas nesse caso, pra não correr riscos de processos e tudo mais, o Chris Martin, esperto que é; creditou a composição da faixa ao Peter Allen. Pode olhar nos encartes de Mylo Xyloto, o nome do cara tá lá. Mas enfim, a música é boa, aliás, ótima. Indiscutivelmente, trata-se de um hit.

E só na faixa anterior que o disco ganhou em consistência, pois nas duas faixas seguintes, o disco fica entediante de novo. 

E se até em Viva La Vida, que é um disco quase impecável, tivemos momentos dispensáveis, Lost! no caso; em Mylo Xyloto não podia ser diferente, se por um lado Lost! tinha um começo que soava meio hip-hop, em Princess of China é muito pior, pois o Coldplay tratou de enfiar a Rihanna no disco. E pior, parece uma das músicas dela. Não que as músicas dela sejam ruins, algumas até são muito boas, mas se fosse pra ouvir uma música da Rihanna, que fosse num disco dela, não em um do Coldplay.

Mas quando pensava-se que Mylo Xyloto ia acabar exatamente do jeito que estava vindo até então, chato e desanimador, Don't Let It Break Your Heart muda isso e tenta, inutilmente, salvar o disco, mas há de se constatar que Mylo Xyloto é tão mediano que é indefensável. Mas enfim, é uma ótima faixa que aliás, deveria ser o próximo single, uma vez que o atual é a excelente e anteriormente citada Paradise.

Up With the Birds fecha o disco da forma mais sonolenta possível, não vale nem o comentário.

Pois bem. No geral, a sensação que fica, é que o Coldplay quis repetir o tiro certo que deu em Viva La Vida. Falhou miseravelmente.

3 comentários:

  1. Respostas
    1. Cara, vc é um grande filho da puta. Não seja tão ignorante ao escrever sobre o que vc não sabe a fundo. Ouça-o primeiro, mas ouça mesmo e tente deixar de lado esse perfil idiota de crítico de merda que vc quer ter como todos os outros brasileiros ridículos quando se trata de música.

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  2. E eu achando que os fãs do Coldplay eram tranquilos...

    PS: Tentaram fazer um Viva La Vida 2 e não conseguiram. O disco é mediano e indefensável. Aceite isso.

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